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Julgamento simulado condena manicômios no país

BRASÍLIA (Reuters) – Um julgamento simulado dos manicômios do país abriu nesta terça-feira a 3a. Conferência Nacional de Saúde Mental. Apesar de não fazer parte da programação oficial, o julgamento — que condenou por unanimidade o tratamento nos hospitais psiquiátricos — atraiu promotores, médicos e ex-pacientes dos manicômios para falar sobre o assunto.

BRASÍLIA (Reuters) – Um julgamento simulado dos manicômios do país abriu nesta terça-feira a 3a. Conferência Nacional de Saúde Mental. Apesar de não fazer parte da programação oficial, o julgamento — que condenou por unanimidade o tratamento nos hospitais psiquiátricos — atraiu promotores, médicos e ex-pacientes dos manicômios para falar sobre o assunto.

A principal crítica feita ao sistema é a lentidão do governo em fechar os leitos em hospícios, apesar da aprovação da lei antimanicomial este ano que prevê a substituição dos hospitais por terapias alternativas. Existem hoje ainda 60 mil leitos em manicômios no país.

“Em dez anos foram fechados 12 mil leitos apenas. Nesse ritmo nós só vamos terminar esse tipo de tratamento em 60 anos. Eu não quero esperar tudo isso”, disse Marcos Vinícius de Oliveira Silva, presidente do Conselho Federal de Psicologia.

A justificativa do Ministério da Saúde para a lentidão no sistema é a necessidade de formar tratamentos alternativos aos manicômios antes de fechar os leitos.

O Sistema Único de Saúde (SUS) já não credencia mais hospitais psiquiátricos, apenas leitos em hospitais gerais — que trazem um estigma menor ao doente em caso de internação. A intenção do Ministério é fechar mais 4 mil leitos até 2003.

Os programas alternativos, no entanto, também andam em passo lento. Um das alternativas, as casas assistidas — onde pacientes crônicos sem família podem morar e ser atendidos em hospitais-dia — só existem em dez locais do país.

Outro programa, que previa a distribuição de 700,00 reais para cada paciente, a serem dados metade para a prefeitura montar centros de assistência e metade para o doente se sustentar, ainda não saiu do papel.

Fonte: Reuters Limited. / Quarta-Feira, 12 de Dezembro, 12:55 AM

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