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Violência acadêmica

Com o objetivo de investigar a crença e as práticas dos universitários colombianos em relação ao tema violência, a fonoaudióloga Diana Amórtegui-Osorio, da Universidade Nacional de Colômbia, resolveu fazer uma pesquisa com os alunos da própria instituição. O artigo publicado na edição de julho da Revista de Salud Pública foi escrito com base em uma amostra de 500 pessoas.

Fonte: [url=http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=4221]Agência FASPESP[/url]Com o objetivo de investigar a crença e as práticas dos universitários colombianos em relação ao tema violência, a fonoaudióloga Diana Amórtegui-Osorio, da Universidade Nacional de Colômbia, resolveu fazer uma pesquisa com os alunos da própria instituição. O artigo publicado na edição de julho da Revista de Salud Pública foi escrito com base em uma amostra de 500 pessoas.

Fonte: [url=http://www.agencia.fapesp.br/boletim_dentro.php?id=4221]Agência FASPESP[/url]A maioria dos alunos (54,5%) foi classificada como não-agressor. Mas elevados 45,5% acreditam que a violência, em algum grau, é necessária para que os dirigentes da universidade dêem atenção a seus pontos de vista. Dentro desse segundo grupo, 12,7% foram colocados pela pesquisadora no universo dos agressores tipo 2.

Isso significa que esses jovens – todos os entrevistados cursam a graduação – admitem até a prática de queimar carros ou ônibus em manifestações. Enfrentar a polícia com armas brancas e o uso de revólver contra outras pessoas, inclusive as que freqüentam a própria universidade, também são atos aprovados pelo grupo em questão. Promover algum tipo de dano físico aos alunos e aos professores da instituição de ensino foi considerado igualmente normal pelos mesmos 12,7%.

Segundo Diana, o diálogo e as negociações não são concebidos como um meio efetivo de atingir o objetivo pretendido. Para o grupo que crê nos atos violentos, esse comportamento acaba tendo uma repercussão para as autoridades à medida que ele são mais intensos e graves.

Grande parte dos entrevistados também afirmou que em todos os distúrbios registrados nos últimos meses havia a participação de pessoas externas à universidade. Mesmo aqueles que foram para as ruas, encapuzados, atirar pedras e bombas contra a polícia admitem que, em metade dos protestos pelo menos, pessoas de outros segmentos sociais se infiltraram no grupo dos universitários.

Na tentativa de realizar um diagnóstico da cultura da violência universitária na Colômbia, a pesquisa correlacionou os grupos agressores com diversas variáveis. A maior parte dos que discordam do caminho pacífico é do sexo masculino (82,5% no caso do tipo 2), está na faixa de 18 a 21 anos de idade, é solteiro e não apresenta desempenho acadêmico de destaque.

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