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Excessos comportamentais– Depressão, Sentimentos de inutilidade, Ansiedade e Medo

A obesidade de fato relaciona-se repetidamente a condição como
dislipidemia, diabetes e hipertensão arterial que podem levar a acontecimentos
cardiovasculares, especificamente aos coronarianos. As informações demonstram
que a obesidade tem significado preditivo no aparecimento de doenças
cardiovascular (DCV) a longo prazo, exclusivamente na população jovem, com idade
inferior a 50 anos (Zanella,1999). Diante dessa afirmação pretende-se relatar o
atendimento psicológico realizado com paciente, 45 anos de idade, cujas queixas
referiam-se aos excessos comportamentais desadaptativos como: medo (relacionado
à possibilidade de ser negligenciado durante o atendimento médico), sentimentos
de inutilidade (comportamentos encobertos relacionados à falta de atividade
diária), sintomatologia depressiva, ansiedade, esquiva e fuga, além de déficit
em habilidade social (dependência em relação a outras pessoas para realizar
atividades diárias ou mesmo para ir ao médico e relatar sua ev!
olução clínica). Estas queixas estavam relacionadas ao seu quadro clinico de
risco envolvendo Insuficiência Coronária e Angina, Diabete Melitos e Hipertensão
Arterial, associados à obesidade. Por meio do programa de Recepção da Clinica
Psicológica e da análise funcional das queixas apresentadas foram instituídas as
seguintes prioridades no processo de atendimento: controle dos estímulos que
eliciavam e mantinham a freqüência dos sintomas depressivos, bem como os de
ansiedade. Priorizou-se a observação e discriminação da dimensão dos
reforçadores sociais (positivos e negativos) para manutenção dos comportamentos
desadaptados, além das variáveis envolvidas no desenvolvimento de comportamentos
adequados além de estratégias para o discernimento de auto-regras que
intensificavam a freqüência do comportamento-problema. O plano de tratamento
incluiu técnicas como: ensaio comportamental, intervenções por modelamento e
aproximações sucessivas de comportamentos adequados às dificuldades!
pessoais e sociais (como ao atendimento médico, atividades de vida diárias e
familiares), orientações aos familiares (atender as solicitações do paciente
apenas se necessárias etc.). Notou-se que após um período de cinco meses (dois
atendimentos semanais correspondentes a um total de trinta e uma sessões), o
paciente apresentou uma diminuição na freqüência dos comportamentos
problemáticos, considerados pelo mesmo sérios, como: medo, sintomas depressivos,
sentimentos de inutilidade, ansiedade, dores no peito, assim como, o controle
diante dessas situações. Conclui-se, pela relevância da apresentação e reflexão
do caso clinico frente às contingências ambientais examinadas para a modificação
do repertorio comportamental do paciente, sendo que o mesmo encontra-se ainda em
processo terapêutico, pois se objetiva atualmente sua dificuldade para aderir a
dieta prescrita para a adesão ao seu tratamento.

Autores: Cristiane Macedo

Instituição: Centro Universitário Hermínio Ometto – UNIARARAS

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