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Peixe na dieta ajudou o cérebro a evoluir

Quem saliva diante de um belo salmão assado ou de um pintado frito pode estar respondendo ao mesmo desejo culinário que permitiu o aumento do cérebro humano ao longo da evolução. Essa é a tese de uma dupla de pesquisadores canadenses, que encontraram uma correlação intrigante entre o consumo de peixe e o avanço da inteligência humana há uns 2 milhões de anos.

Quem saliva diante de um belo salmão assado ou de um pintado frito pode estar respondendo ao mesmo desejo culinário que permitiu o aumento do cérebro humano ao longo da evolução. Essa é a tese de uma dupla de pesquisadores canadenses, que encontraram uma correlação intrigante entre o consumo de peixe e o avanço da inteligência humana há uns 2 milhões de anos.

A evidência, eles admitem, ainda é circunstancial, mas parece casar com vários aspectos da biologia humana no passado e no presente. “O potencial genético [para o crescimento do cérebro] já podia estar lá, mas permaneceu em silêncio até que essa dieta costeira o catalisasse”, disse o fisiologista Stephen Cunnane, da Universidade de Sherbrooke, durante a reunião anual da AAAS (Associação Americana para o Progresso da Ciência, na sigla inglesa), que terminou na última segunda-feira em Saint Louis.

Cunnane e sua colega Kathy Stewart, do Museu Canadense de História Natural em Ottawa, têm se concentrado em duas linhas de estudo diferentes mas complementares para tentar confirmar seu modelo “história de pescador” para a evolução humana.

O problema que eles têm de explicar é o surpreendente crescimento do volume cerebral dos hominídeos, os ancestrais da humanidade moderna. Até 2,5 milhões de anos, o desempenho nesse quesito era pífio, e o cérebro hominídeo nunca ultrapassava os 600 cm3; meros 500 mil anos depois, o valor já se aproximava dos 1.000 cm3, cerca de 80% da média atual do Homo sapiens.

É bom, mas é caro

Cérebros desse tamanho sofrem do principal problema das coisas boas da vida: são um bocado caros. Para um ser vivo, o custo de um órgão se mede pela quantidade de energia que consome. Um bebê humano recém-nascido, por exemplo, tem um cérebro que equivale a 14% do peso de seu corpo, conta Cunnane, mas que consome acachapantes 75% da energia da criança. É a gordura extra dos recém-nascidos, famosa por torná-los “fofinhos”, que os ajuda a lidar com esse cérebro beberrão.

fonte:[url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14300.shtml]www.folha.uol.com.br[/url]

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