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Estudo minimiza efeito de antidepressivos entre anoréxicas

Os antidepressivos não surtem efeito no tratamento da anorexia nervosa, afirma um estudo norte-americano publicado nesta semana.
Os antidepressivos não surtem efeito no tratamento da anorexia nervosa, afirma um estudo norte-americano publicado nesta semana.
Segundo o estudo divulgado pelo “Journal of the American Medical Association”, as descobertas atuais, juntamente com as de estudos publicados anteriormente, indicam que a prática comum de prescrever medicamentos antidepressivos provavelmente não traz benefícios substanciais para a maioria dos pacientes. O estudo foi liderado pelo médico Timothy Walsh.

A anorexia é uma desordem alimentar que afeta principalmente mulheres jovens que temem o excesso de peso e abusam das dietas, levando-as à hospitalização e, em alguns casos, à morte.

Uma em cada 200 mulheres de países em desenvolvimento já desenvolveu algum estágio desta doença –ela tem uma das taxas de mortalidade mais altas e a maior taxa de suicídio de qualquer doença psiquiátrica, segundo informações citadas em um editorial que acompanha o artigo.

O tratamento é considerado difícil: de 30% a 50% dos pacientes precisam ser novamente hospitalizadas no prazo de um ano depois do ganho de peso.

A ansiedade e a depressão associadas levaram ao uso de vários medicamentos diferentes, embora a maioria dos estudos tenha demonstrado que eles não previnem reincidências.

Este último estudo foi o maior do tipo, realizado com 93 mulheres com idades entre 16 e 45 anos, que recuperaram o peso normal com a hospitalização.

As pacientes foram submetidas a 12 meses de terapia cognitiva comportamental e receberam aleatoriamente um placebo ou o antidepressivo fluoxetina, que também é conhecido como Prozac e tem mostrado auxílio no tratamento da bulimia, um outro distúrbio alimentar. O estudo descobriu que não há diferenças no resultado entre as pacientes.

“De acordo com estes dados, os esforços terapêuticos deveriam estar mais voltados para intervenções psicológicas e comportamentais para as quais há alguma, embora modesta, evidência de eficácia”, escreveram os autores.

Fonte: [url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u14734.shtml]www.bibliomed.com.br[/url]

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