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Mulheres têm mais vagas, mas ainda ganham menos

Participação feminina no mercado chega a 40% com maior acesso a novos postos. Salário médio real para as novas vagas abertas de 1996 a 2005 é de R$ 614 para os homens e R$ 556 no caso das mulheres.
Participação feminina no mercado chega a 40% com maior acesso a novos postos. Salário médio real para as novas vagas abertas de 1996 a 2005 é de R$ 614 para os homens e R$ 556 no caso das mulheres.
Mesmo mais inseridas no mercado de trabalho, especialmente em vagas que exigem um maior nível de escolaridade, as mulheres ainda enfrentam o problema do ganharem menos do que os homens, revela estudo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

Compilados pelo economista do banco Antonio Marcos Ambrozio, dados da Rais (Relação Anual de Informações Sociais) mostram que as mulheres aumentaram sua participação no mercado de trabalho formal de 38% em 1996 para 40% em 2004. Os motivos são o acesso maior aos novos postos gerados e o menor número de dispensas de mulheres em períodos de crise.
De 1996 a 1999, o país perdeu, segundo o estudo, 1,1 milhão de empregos formais no país, dos quais 90% eram ocupados por homens e somente 10% por mulheres, de acordo com informações do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).

Na fase de recuperação do mercado de trabalho (de 2000 a 2005), foram gerados 5,5 milhões de vagas, das quais 59% masculinas e 41% femininas. Em alguns anos, o crescimento do emprego da mulher manteve o mesmo ritmo do masculino. Em 1999, por exemplo, 240 mil homens perderam o emprego, enquanto mais mulheres foram contratadas.

Apesar desse cenário favorável à ocupação feminina, os salários das mulheres se aproximaram muito pouco do rendimento dos homens. Em média, elas recebiam 89,8% da renda masculina de 1996 e 1999. Esse percentual alcançou 91% de 2000 e 2005, o que representa um avanço de apenas 0,2 ponto percentual. Os salários médios reais das pessoas que conseguiram emprego de 1996 a 2005 eram de R$ 614 para os homens e de R$ 556 para as mulheres.

Na faixa de maior escolaridade (acima do ensino médio), a renda da mulher representava, em 2005, apenas 63% do salário médio do homem.

Para o economista, a discrepância é um reflexo do estreito número de mulheres em cargos de chefias no Brasil. Quando elas conseguem atingir o topo da carreira, diz o economista, recebem salário proporcionalmente menor que um homem num posto semelhante.

Fonte: [url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2408200618.htm]www.folha.com.br[/url]

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