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Mulheres mais instruídas sofrem menos violência doméstica

Um estudo sobre a violência doméstica realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que mulheres com maior grau de instrução e renda própria, no caso do Brasil e países em desenvolvimento, sofrem menos violência doméstica.
Um estudo sobre a violência doméstica realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que mulheres com maior grau de instrução e renda própria, no caso do Brasil e países em desenvolvimento, sofrem menos violência doméstica.
De acordo com a pesquisa, as mulheres que têm até o segundo grau de escolaridade normalmente têm renda própria e isso funciona como um protetor contra a violência física e sexual que pode vir do parceiro.
“Pode ser que uma mulher com alto grau de instrução tenha um maior leque de escolha de parceiros e mais habilidade na hora de decidir se quer se casar ou não. Elas também têm maior autonomia e controle dos recursos dentro do casamento”, destaca a pesquisa.

A questão do número de mulheres que sofrem com a violência doméstica (física e sexual) levando em conta o grau de instrução fica mais nítida quando se divide o Brasil na área rural e urbana.

O estudo da OMS destaca que 37% das mulheres que vivem na Zona Rural sofrem violência física e sexual de seus parceiros, enquanto que na cidade, 29% são vítimas.

Das mulheres que vivem na Zona Rural do País, 5% são agredidas por não cumprirem as tarefas domésticas, 10% por desobedecerem ao marido, 30% por infidelidade e 65% porque seus parceiros são agressivos e controladores.

Já nas cidades brasileiras, 80% das mulheres apanham ou são violentadas porque os maridos têm comportamento violento, 10% por infidelidade e cerca de 1% por desobediência ou por não fazerem os trabalhos domésticos.

Outra parte dessa pesquisa mostra que, das mulheres que sofrem agressões físicas, 61% moram em cidades e 65% na Zona Rural. 16% sofrem agressões físicas graves e 12% agressões leves.

No entanto, 31% das mulheres do Brasil rural e 29% que vivem em cidades sofrem tanto a violência física quanto a sexual.

O estudo entrevistou 1.500 mulheres em países como Bangladesh, Brasil, Etiópia, Japão, Namíbia, Peru, Samoa, Sérvia, Tailândia e República Unida da Tanzânia. Destes, a Etiópia lidera o ranking da violência doméstica contra mulheres com 71%, e o Japão é o menos violento com 15%. O Brasil está entre os últimos no ranking.

Em países da União Européia, entre 20 e 25% das mulheres sofrem abuso dos parceiros. Nos Estados Unidos, 25%, apesar de pouquíssimos casos serem levados à polícia.

Confira o ranking dos países com maior índice de violência contra a mulher na zona urbana e rural, segundo a OMS

1º Etiópia (zona rural) – 71%
2º Peru (zona rural) – 69%
3º Bangladesh (zona rural) – 62%
4ºRepública Unida da Tanzânia (zona Rural) – 56%
5º Peru (zona urbana) – 51%
6º Tailândia (zona rural) – 47%
7º Samoa (zona rural) – 46%
8º República Unida da Tanzânia (zona urbana) – 41%
9ºTailândia (zona urbana) – 41%
10º Brasil (zona rural) – 37%
11º Namíbia (zona urbana) – 36%
12º Brasil (zona urbana) – 29%
13º Sérvia e Montenegro (zona urbana) – 24%
14º Japão (zona urbana) – 15%

Fonte: [url=http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI1178191-EI4788,00.html]www.terra.com.br[/url]

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