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Tecnologia auxilia relação de médico com doente crônico

Sistema de atendimento informatizado pode ser adotado por planos de saúde e implantado em hospitais, ambulatórios e no sistema público de saúde. Projeto de central também prevê utilização em pesquisas clínicas.
Sistema de atendimento informatizado pode ser adotado por planos de saúde e implantado em hospitais, ambulatórios e no sistema público de saúde. Projeto de central também prevê utilização em pesquisas clínicas.
Um protótipo de uma central de atendimento para pacientes crônicos desenvolvido na Escola Pollitécnica (Poli) da USP propõe um sistema que estimule o paciente a manter contato com o médico, dar continuidade ao tratamento e realizar a coleta de informações médicas. O Sistema de Gestão de Relacionamento do Paciente Crônico (GRPC) é resultado da tese de doutorado da médica Márcia Ito.

“O sistema foi desenvolvido para portadores de diabetes, mas pode ser adaptado para outras doenças que necessitem de acompanhamento permanente, como hipertensão e asma”, conta Márcia. Os diabéticos fornecem à central de monitoramento o resultado das medições de glicemia feitas em casa. “Os dados podem ser passados por vários meios, mas a idéia é disponibilizar uma linha telefônica do tipo 0800, para pessoas de baixa renda.”

Do outro lado da linha, haverá uma equipe composta por profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, além de técnicos em informática. “O sistema utiliza conceitos de gerência de relacionamento com o cliente (CRM)”, explica a médica. “Mais do que apenas encaminhar dados, a equipe irá analisar as informações, ajudando nas decisões médicas e administrando melhor a relação com os pacientes.”

A médica ressalta que a central de relacionamento no modelo GRPC auxilia o trabalho do médico mas não pretende substituí-lo. “A equipe de atendimento pode esclarecer algumas dúvidas do paciente, realizar monitoração especializada de nutrição e atividade física e fazer campanhas educativas”, diz. “O grupo também pode detectar variações anormais dos níveis de glicemia e alertar os médicos, mas não decide sobre marcação de consultas, por exemplo.”

Os dados sobre os pacientes também poderão ser obtidos em outros bancos de dados (hospitais, laboratórios, Sistema Único de Saúde), por meio de uma técnica conhecida como Electronic Health Record (EHR). “O setor de gestão de relacionamento trabalha inclusive o lado psicológico, procurando entender quando o paciente não marca consulta ou deixa de fazer as medições, para evitar a quebra de vínculo com o médico.”

A central de atendimento foi testada em simulações pelo computador. “O sistema pode ser implantado em planos de saúde, hospitais, ambulatórios, pelo sistema público de saúde e também para pesquisas clínicas”, afirma a médica. “Dependendo do número de pacientes atendidos, podem ser usados recursos de inteligência artificial.”

A tese de Márcia, orientada pelo professor da Poli, José Sidnei Colombo Martini, teve co-orientação de Lúcia Ioshida, médica endocrinologista especializada em diabetes e professora do Departamento de Informática e Saúde da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Fonte: [url=http://www.usp.br/agenciausp/repgs/2006/pags/228.htm]www.usp.br[/url]

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