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Compulsão também pode ser adquirida

Apesar de algumas pessoas nascerem com uma vulnerabilidade para a compulsão, o distúrbio também pode ser adquirido com o passar do tempo.
Apesar de algumas pessoas nascerem com uma vulnerabilidade para a compulsão, o distúrbio também pode ser adquirido com o passar do tempo.
Apesar de algumas pessoas nascerem com uma vulnerabilidade para a compulsão, o distúrbio também pode ser adquirido com o passar do tempo. As diferentes formas de transtornos de impulso serão debatidas, entre os dias 23 e 25 de novembro, durante o II Simpósio Internacional sobre Jogo e Outros Transtornos do Impulso, no Rio de Janeiro.

A chefe do setor de Dependência Química da Santa Casa, Analice Gigliotti, falará sobre “O jogo patológico, compulsão alimentar, compras e sexo compulsivos”.

– Há componentes genéticos, mas os sociais também são importantes. Se não houvesse jogo no mundo, não haveria jogadores compulsivos. Então, quanto mais locais para jogo existirem numa cidade, maior será o número de compulsivos por jogo.
Analice explica que os primeiros sinais do comportamento compulsivo, qualquer que seja ele, podem surgir num momento de crise, como uma separação conjugal.

– Você está se separando, vai ao bingo e ganha. O prazer de ganhar no bingo funciona como uma recompensa. Então você volta. O limite é pessoal e cultural, mas quando você passa a sentir que tem necessidade de uma certa coisa, aí é problemático.
Ter a consciência do distúrbio, nem sempre é solução para o problema.

– A pessoa continua fazendo não porque deseja , mas porque precisa. Ela sabe que é ridículo fazer, mas precisa fazer. Mesmo sabendo que faz mal para ela – E então vem a depressão.

– Funciona como uma droga. As máquinas caça-níqueis, por exemplo, são o crack dos bingos. Elas têm um efeito rápido de recompensa e, quanto mais rápido o efeito, mais ele vicia.

O ideal é procurar a ajuda de um especialista, que recomendará terapia ou, em alguns casos, tratamento associado a remédios. Ela recomenda também os grupos de ajuda que seguem a filosofia dos Alcoólicos Anônimos para facilitar o tratamento.

Segundo ela, os transtornos do impulso, como a compulsão por sexo ou por comida, estão cada vez mais freqüentes. A pessoa sente necessidade de sexo independentemente de ser interessante, de avaliar se deve ou se não deve, se o parceiro vai descobrir. O importante é transar com o maior número de pessoas possível, nem que tenha que pagar por isso. Este comportamento não tem qualquer ligação com taras ou fetiches. A pessoa pode ser compulsiva sexual e só gostar de “papai-mamãe”.

Os compulsivos por comida, normalmente preferem os carboidratos. Mas, na hora de um ataque, qualquer alimento é válido.

– Nesses casos, o mais marcante é a quantidade de coisas que a pessoa come num período de tempo em que uma pessoa que não é compulsiva teria capacidade de comer. A pessoa termina de almoçar, come 15 bananas, um sanduíche e ainda uns biscoitos. Nada precisa combinar. A pessoa não está comendo por prazer e sim pelo ato mecânico.

Fonte: [url=http://www.abpbrasil.org.br/clipping/exibClipping/?clipping=3498]www.abpbrasil.org.br[/url]

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