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A ciência mata a sabedoria?

Meus grandes e bons amigos,
Tenho passado por algumas experiências que acredito que poderíamos modificar ou melhorar as concepções a respeito. Mais especificamente gostaria de expor minhas inquietações mais íntimas. O comportamento mais privado frente a algumas aparições ideológicas que tenho presenciado (mesmo sendo quase virtual – como muita gente o é) em âmbito acadêmico (ou seria acadêmicos?):

1) Muitas faculdades nem atentem para o que o aluno tem, no sentido de conteúdo. Muito menos ao que ele produz. Em sua maioria não estão comprometidas com a produção acadêmica que pretenda diversificar e expandir os verdadeiros conceitos de ciência. Até porque isso não vende! O que vende são “eventos” ridículos de iniciação científica, porque o MEC gosta e aprova. E isso passa a ser uma feira! Hmmm… Esta seria uma discussão onde passaríamos horas, dias ou mesmo meses sem se chegar a uma apreciação. Espero que consigam atingir com saldo positivo a quem de direito (o aluno). Daí cabe um questionamento que tenho feito diariamente tentando entender a funcionabilidade deste sistema: Iniciação Científica? De quem?

2) A outra indagação é: Por que os alunos estão tão passivos? Infelizmente amigos me aparenta que isto não está somente ligado às contingências exigidas pelas situações seletivas do ambiente. Tenho presenciado mutações genéticas de “metodologias” miseráveis que deveriam ser repugnadas. O que leva-nos a entender que o que presenciamos é tão somente um produto agregado das metacontingências existem neste processo. A ciência parou… Mas ninguém parou para observá-la!

Um exemplo desta desfeita: Vi um artigo de um estudante há algum tempo atrás que me deixou perplexo pelo número de referências ao final. Até ai tudo bem. Mas o mais estranho é o fato de ser sempre transcrição. E após ter visto isso outras vezes, isso me preocupou. Dessa forma, resolvi colocar aqui para que possamos compreender alguns pontos importantes do que é fazer ciência e para, quem sabe, vocês possam nos ajudar.

Estudar é fazer ciência. Permitam-me lastimar algumas perdas. Os alunos são amassados como um alumínio em reciclagem e modelados de forma que se encaixem em protótipo vigente e aceito! São forçados a fazerem com que seus conhecimentos (ou vontade de explorar) sejam lapidados a um método. Alguns até impõem convicções aos pobres. Intriga-me o fato deste método, chamado por muitos de cientifico, ao menos ser questionado. O alunado de hoje está muito satisfeito com o que está pronto. É lastimável. Diferente dos jovens de outras épocas. Certamente devemos entender que é reforçador falar no mesmo jargão, aceitando e sendo aceito, como no processo de comportamento verbal. Mas será que ele está sendo satisfatório? Os céticos responderiam que é muito duvidoso afirmar. Mas temos que ponderar entre a cruz (dogma?) e a espada (ciência?), uma vez que essas cotingêngias levam a um pensar-restrito, onde o que se produz deve ser preferivelmente fundamentado em textos de outros cientistas.

É um “Copia-e-Cola” miserável. E daí surge a pergunta: Até que ponto os alunos são modelados a apenas saberem copiar e construir suas idéias e ideais tortos? É obvio que o estilo de escrita pessoal do aluno-pesquisador preserva-se, mas será que o ato livre de escrita esta sendo reforçado?

Se me perguntarem se os textos que li dos nobres alunos têm as “Prisões de modelo” ou “Copia-e-Cola”, possivelmente diria que realmente tenho visto isso em mais de uma escrita. Fico triste com essas ocasiões da academia. Espero que isso seja levantado nas mesas carteiras de alguns acomodados. Acho que em resumo teríamos o seguinte: Um lado esquece de agir e ou outro lado esquece de promover. E se não atentarmos, o barco que estamos está furado. E estas são apenas algumas parcelas do que está acontecendo. E tenho sérias histórias de reforçamento têm me permitem generalizar tais conceitos a uma vastidão de eventos. Ajudem-me a modificar esta discriminação “perceptiva” (pra evitar más compreensões do termo) de que a ciência tem matado a sabedoria. Convido a (re) pensar nosso modo de fazer ciência no Piauí.

Jacques Madean Lira da Silva

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