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Trechos do manifesto que traz à baila a necessidade da democratização da comunicação no país

O atual estado de controle sobre os meios de comunicação de massa do Brasil consiste em um verdadeiro obstáculo para que o Brasil se reconheça enquanto nação plural. Hoje, sete famílias brasileiras controlam cerca de 95% dos meios de comunicação de todo o território nacional. Somente na Câmara dos Deputados, embora proibido por lei, há a denúncia de que um em cada dez parlamentares detenha, em seu próprio nome, concessão de rádio ou TV. No ano de 2006, em meio ao pleito presidencial, todo o Brasil pôde constatar o potencial risco de os meios de comunicação adotarem o comportamento de interferência sectária na definição do futuro político no país. Como aprendemos com Perseu Abramo, são demasiados os modos de manipulação utilizados pelos meios de comunicação. Esta manipulação torna-se ainda mais forte e prejudicial no atual ambiente de monopólio da comunicação no país e isto não pode passar despercebido.
O atual estado de controle sobre os meios de comunicação de massa do Brasil consiste em um verdadeiro obstáculo para que o Brasil se reconheça enquanto nação plural. Hoje, sete famílias brasileiras controlam cerca de 95% dos meios de comunicação de todo o território nacional. Somente na Câmara dos Deputados, embora proibido por lei, há a denúncia de que um em cada dez parlamentares detenha, em seu próprio nome, concessão de rádio ou TV. No ano de 2006, em meio ao pleito presidencial, todo o Brasil pôde constatar o potencial risco de os meios de comunicação adotarem o comportamento de interferência sectária na definição do futuro político no país. Como aprendemos com Perseu Abramo, são demasiados os modos de manipulação utilizados pelos meios de comunicação. Esta manipulação torna-se ainda mais forte e prejudicial no atual ambiente de monopólio da comunicação no país e isto não pode passar despercebido.
Diante deste quadro, várias entidades que reúnem psicólogos profissionais, pesquisadores e estudantes de Psicologia do Brasil começam a definir linhas de conduta para a luta pela democratização da comunicação no país. Dentre tais condutas, encontra-se a defesa intransigente do acesso à geração e difusão por parte de grupos tratados como minoritários pela população brasileira – tais como representantes de diferentes orientações sexuais, origens étnicas, classes sociais e níveis de formação escolar. Nestas condutas encontra-se também a defesa perene a um tratamento condigno às diferentes formas de expressão cultural existentes no país. Esta defesa prescinde da presença e do respeito, nos meios e pelos meios de comunicação, aos diferentes aspectos das culturas típicas das diversas regiões brasileiras, expressas nos diferentes modos de falar, nos diferentes hábitos alimentares, ns diferentes histórias regionais e na diversidade deste, que é o povo brasileiro.

Por isso é que nós, psicólogos, estudantes, professores e pesquisadores de Psicologia de todo o Brasil queremos uma Conferência Nacional de Comunicação Social, que venha a nascer nos municípios, tenha a cara e as necessidades do povo brasileiro e que represente todo o território nacional, com toda sua diversidade. Queremos uma Conferência que seja construída com ampla discussão social e tenha a participação de todas as visões presentes na sociedade e na qual todos os atores envolvidos no processo de comunicação participem – movimentos sociais, empresariado, profissionais de todas as áreas, incluindo a Psicologia, rádios e TV's comunitárias, professores e profissionais da área de Comunicação e demais professores, gestores e interessados no tema.

Para construir esta Conferência Nacional de Comunicação Social que queremos, nós, professores, estudantes, pesquisadores de Psicologia e psicólogos dispomo-nos a atuar militantemente na produção do debate social sobre o tema e convidamos todos os cidadãos brasileiros a este diálogo.

Vamos utilizar os instrumentos produzidos pelo Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação para promover debates com nossos grupos de trabalho, grupos de estudo e com as nossas famílias.

Fonte: ABEP

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