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Morre, aos 93 anos, Albert Ellis, pioneiro da psicologia moderna

NOVA YORK – O psicoterapeuta americano Albert Ellis, o pioneiro dos estudos da psicologia moderna, morreu terça-feira em Manhattan, aos 93 anos, de insuficiência renal e cardíaca, após uma longa doença.
NOVA YORK – O psicoterapeuta americano Albert Ellis, o pioneiro dos estudos da psicologia moderna, morreu terça-feira em Manhattan, aos 93 anos, de insuficiência renal e cardíaca, após uma longa doença.

Nascido na localidade de Pittsburg, em 1913, e criado em Nova York, Ellis dedicou seis décadas de sua vida ao estudo da psicologia, área na qual começou a atuar como psicanalista, nos anos 40 e 50, mas na qual soube evoluir.

Conhecido como um dos 'pais' do tratamento cognitivo-comportamental, Ellis era uma das figuras mais importantes da psicologia moderna e foi um dos primeiros profissionais a pôr em dúvida as metodologias de Sigmund Freud em um momento no qual estas estavam em voga.

Figura controvertida e irreverente, em 2003, Ellis foi eleito entre seus colegas como o segundo psiquiatra mais importante do século XX, atrás apenas de Carl Rogers, fundador da psicologia humanista, e na frente de Freud.

Depois de estudar psicologia quase que por influência dos amigos – que sempre lhe pediam ajuda e conselho -, Ellis fez doutorado em medicina na Universidade de Colúmbia, nos anos 40.

Os primeiros passos de Ellis como psicólogo e estudioso foram dados segundo as doutrinas freudianas, mas logo ele começou a duvidar da eficácia delas, já que não considerava eficiente basear suas sessões com os pacientes em longas conversas se estas não eram acompanhadas por algum tipo de ação.

Essa é a base do tratamento cognitivo-comportamental que desenvolveu em 1955, após romper definitivamente em 1953 com a psicanálise, e que requer uma ação mais direta, já que impulsiona o paciente a realizar mudanças emocionais e em seu comportamento para superar o que Ellis chamou de 'pensamentos contraproducentes'.

Essa inovadora aproximação acabou convertendo-se, com o tempo, no alicerce de todas as terapias do comportamento racional-emotivo.

Em 1960, Ellis fundou em Nova York um instituto que hoje leva o seu nome e que oferece programas educacionais e psicoterapia a centenas de milhares de profissionais e pacientes.

Com quase 80 livros no mercado, Ellis também se destacou por suas teorias sexuais que lhe fizeram ganhar um posto de honra na sexologia moderna e com as quais também rebatia as teorias de Freud, que, segundo dizia, 'não sabia muito de sexo'.

Fonte: JB Online

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