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O Delírio visto por Karl Jaspers

Resumo

Faço a releitura do texto de JASPERS sobre a distinção entre Processo e Desenvol­vimento delirantes, este compreensivo, e de trechos de sua obra magna Psicopatologia Geral, que favorecem trazer à tona conceitos básicos sobre o delírio. As formulações de JASPERS procuro rever de maneira ordenada e sistemática, obedecendo a disposição metodológica. Este artigo, penso eu, pode contribuir para a re-atualização do conceito de delírio, fazendo valer os princípios da Psicopatologia Fenomenológico-Compreensiva.

Introdução

A era moderna do delírio se inicia com Jas­pers. A publicação Delírio de Ciúmes, Contri­buição à Questão: "Desenvolvimento de uma Per­sonalidade" ou "Processo"?, em 1910, é ponto di­visor entre os conceitos primitivos e a visão ainda contemporânea sobre delírio. Sua obra monumental Psicopatologia Geral (1913) apresenta minucioso es­tudo sobre o assunto, fundando as bases definitivas da fenomenologia do delírio.

Estas contribuições de Jaspers, introduzindo na Psicopatologia elementos da Fenomenologia e da Compreensão, propiciaram uma série inumerável de trabalhos originados principal­mente da escola de Heidelberg. Os conteúdos deli­rantes tomam significado menor e cedem lugar aos estudos sobre a estrutura da vivência delirante. A questão da compreensibilidade e não-compreensibi­lidade afIora. Sejam quais forem as temáticas levan­tadas para discussão, os conceitos de Jaspers apa­recem como vigas fundamentais.

O delírio deixa de ser tomado como fenômeno elementar, uma idéia (produtos de herança da Psico­logia positivista), e ganha a perspectiva de "vivência delirante". A par dos aspectos exteriores, resulta im­portante a experiência de quem se diz delirar. Valori­zam-se descrições realizadas pelos próprios doentes. Jaspers considera o delírio problema básico da Psicopatologia, não podendo ser resolvido por meio de simples definição. E situa este fenômeno dentro do estudo da consciência de realidade.

Consciência de realidade

O conceito de consciência de realidade é es­tritamente fenomenológico, ou seja, surge da expe­riência vivida do real. Jaspers adverte para um fato: o que a cada instante nos aparece como evidente, também pode ser enigmático. Isto é, o enigmático pode ter existência real. A descrição do fenômeno para a consciência implica em alguns fatores:

1. O real é o percebido corporalmente. Em oposição às representações, os conteúdos da percep­ção apresentam dimensão e qualidade, podendo ser descritos, dominados e possuídos, novamente domi­nados e possuídos, porém não derivados de algo;

2. A realidade se encontra na consciência do ser como tal. Por vezes, as percepções do objeto e do próprio corpo podem não ser suficientes para a consciência de realidade, como se observa em al­gumas vivências de estranheza, ou mesmo na consciência de não-existir. Jaspers apela a uma consciência originária do ser.

3. Real é o que nos oferece resistência. A re­sistência experimenta-se nos movimentos do corpo e em tudo aquilo que impede a realização de aspi­rações e desejos. A realidade é experimentada na confrontação.

Vive-se a realidade do mundo a partir de signi­ficações das coisas, dos processos e das situações: Na significação posso captar a realidade – diz Jas­pers. A percepção se torna o veículo para captação dos objetos do mundo que ascendem à consciência em significações. A consciência de realidade é consciência de significações.

Juízo de realidade

Jaspers ainda faz outra diferenciação: cer­teza direta da realidade e juízo de realidade. A cer­teza direta da realidade refere-se à experiência ime­diatamente vivida, podendo, ou não, ser reconhecida como real em momento seguinte. Deste modo, um fenômeno ilusório sofre correção em tempo seguinte à vivência original. O juízo de realidade surge da elaboração ideal das experiências diretas. No caso da percepção acima citada, a caracterização ilusória foi definida pelo juízo de realidade. Por outro lado, o juízo de realidade pode transformar-se em nova vivência direta. Esta classe de saber originado de um juízo de realidade, em princípio desconectado da experiência, promove a continuidade de vivências no cotidiano. A realidade formada pelo juízo de rea­lidade só terá validade se estiver vinculada à expe­riência.

Depreende-se que a consciência de realidade vai movida pela certeza da realidade e pelo juízo de realidade. Ao juízo de realidade, em conexão à experiência, cabe a confirmação da certeza da rea­lidade imediatamente vivida, ou sua refutação e trans­formação em outra realidade mediatamente vivida. Entende-se, pois que o juízo de realidade quase sem­pre adquire o caráter de corretor da realidade.

Conceito de delírio. Vivência delirante

Após estas considerações se pode apresentar e conceituar delírio: "Uma transformação na vasta consciência de realidade (que se anuncia secunda­riamente em juízos de realidade), que se constrói sobre essas experiências no mundo da prática, das resistências e das significações, mas onde a corpo­reidade alucinatória enganosa somente tem papel transitório, não-suficiente, junto a modificações de experiências básicas, cuja captação nos causa as maiores dificuldades."

Merece ser feita uma análise desta enuncia­ção:

1. Transformação da consciência de realidade.

2. Modificação de experiências básicas.

3. Enunciação secundária em juízos de reali­dade.

4. As alucinações têm importância transitória e não-suficiente.

O item 4 (as alucinações têm importância tran­sitória e não-suficiente) traduz a não-importância ra­dical dos distúrbios perceptivos na elaboração da vivência delirante. As alucinações adquirem relevân­cia nos quadros sintomáticos reversíveis (tipo reação exógena aguda; o delirium, como exemplo) quando pro­piciam vivências delirantes não-consistentes, de ca­ráter interpretativo, e temporalmente ligadas ao pro­cesso somático.

Jaspers fala em "transformação na vasta consciência de realidade" (item 1), e não em "trans­formação total da consciência de realidade", possi­velmente indicando que essa "transformação" não atinge a totalidade da consciência de realidade: a realidade e o delírio convivem. Realmente, assim se observa na ocorrência da dupla orientação do esqui­zofrênico, quando é capaz de orientar-se no mundo dos valores universais e, ao mesmo tempo, pautar sua conduta movido pelo delírio.

Ao mencionar "modificação de experiências bá­sicas" e não esclarecer seu significado, Jaspers parece deixar uma incógnita. Reside aí o último ponto alcançado pela sua fenomenologia? A expe­riência básica vai estritamente relacionada à consciência de realidade. Não se pode separar uma da outra. É desta vivência – da consciência de rea­lidade de uma consciência básica – que resulta o delírio (item 1). Como já foi dito, a consciência de realidade é vivida a partir de significações: um ca­chorro não é percebido apenas como um cachorro, porém como animal doméstico, ou guia para pessoa cega, ou vigilante de casa ameaçada, ou companheiro de criança, ou simplesmente usado como "bicho-de-­estimação", ou como artista em circo de diversão e por aí vai. O significado surge de determinada consciência em relação com o objeto. Embora no caso do exemplo citado a realidade perceptiva seja uma só (cachorro), a consciência (consciência de significação) é intei­ramente particular: a consciência de realidade é consciência de significação.

No caso da vivência delirante, o material per­ceptivo não se apresenta alterado, nem encerra em si uma significação diversa da que seria considerada como conhecimento por qualquer das demais pes­soas. É a partir da "experiência básica modificada" que a consciência de significação experimenta uma transformação radical, e o material do mundo e/ou de si mesmo (a realidade) passa a ser vivido com outra significação. Quando Jaspers afirma ser o delírio fenômeno primário, é porque, até então, não se podia evoluir além desta consciência de realidade de uma experiência básica: o delírio aparece como algo último.

A expressão do delírio se faz a partir da for­mulação de juízos. Assim, se pode considerar as vivências delirantes como "juízos patologicamente falseados". O patológico expressa a vinculação do delírio (primário) a alguma anomalia ou alteração corporal, diferenciando-se, desde já, por sua origem, de erros e crenças. Por vezes, o conteúdo dos juízos pode se apresentar de modo rudimentar, impreciso, tal qual uma cognição, e mesmo assim assumindo condição de saber, um saber obscuro. Neste caso, designa-se a vivência como sentimento delirante.

O doente transmite o conteúdo das vivências delirantes na forma de produção intelectual secun­dária. Via de regra, a interrogação inicial do obser­vador é despertada pelo conteúdo (idéias) diverso do habitual. Porém, a investigação fenomenológica deve ir além, e buscar distinguir a vivência primária própria da doença, e as vivências secundárias nas­cidas compreensivelmente da própria formação de­lirante. Deste modo, se pode caracterizar o delírio (primário) e apurar-se o desenvolvimento de outra formação delirante (secundária, compreensível, re­dutível).

 

Jaspers define o estudo metodológico do delírio em cinco vertentes:

1. Fenomenologicamente: o delírio é conside­rado como vivência. Buscam-se as vivências origi­nais.

2. Psico-funcionalmente: o delírio é considerado como alteração do pensamento (Psico­logia associacionista, positivista, por exemplo).

3. Psicologia da expressão: o delírio aparece como produto espiritual (Obras de Strindberg, por exemplo).

4. Psicologia compreensiva: o delírio é estudado nos movimentos motivados por seu conteúdo (delírio de ciúme, delírio de grandeza, delírio persecutório, por exemplo).

5. Na perpectiva nosológico-biográfica: inves­tigação de ruptura na curva de vida ou da relação com desenvolvimento continuado da personalidade (Esquizofrenia ou Desenvolvimento depressivo pa­ranóide, por exemplo).

Fenomenologia das vivências delirantes

Vamos nos deter no estudo fenomenológico do delírio. Como já se disse, a Fenomenologia Psi­copatológica vai procurar distinguir as vivências de­lirantes primárias e as vivências delirantes secundá­­rias. Jaspers chama a atenção para o impacto so­frido pelo investigador ao se deparar com uma vi­vência delirante primária: surgem formas vivenciais totalmente estranhas, apesar de toda busca de enten­dimento resta sempre um resíduo de incompreensível, de inconcebível, de abstrato. Não se consegue em­patizar (sentir no lugar de) e acompanhar sua derivação em cadeia de acontecimentos compreensíveis. O inconcebível for­nece a idéia do absurdo do conteúdo, ou da inade­quação do conteúdo diante da situação. O abstrato indica a ausência de fundamento na realidade.

"O resíduo de incompreensível" do delírio pri­mário parece expressar a modificação da experiência básica. Esta alteração pode ser apreendida na se­guinte descrição de Jaspers:

_ "Acontece algo, diga-me o que se passa (…)?"

_ "Sim, não sei, mas há algo".

O ambiente mostra-se diferente, há uma luz incerta, de mau aspecto, uma tensão desconfiada, incômoda, algo obscuro. O paciente é possuído por uma inquietação e desassossego insuportáveis. Não há explicitação de um conteúdo; tudo é vago, inde­finido. Jaspers designa esta experiência de humor delirante: "Os doentes sofrem horrivelmente a aquisição de uma representação determinada surge como alívio". A insegurança, a não-sustentação, o temor diante da inconsistência, inclinam o paciente a "instintivamente buscar um ponto sólido no qual se afirma e se aferra. Somente encontra complemen­to, fortalecimento e consolo em uma idéia, do mesmo modo que os indivíduos sãos em circunstâncias aná­logas". Jaspers estabelece o surgimento da vi­vência delirante diretamente fundada no humor de­lirante, ou seja, na elaboração do juízo da consciência de realidade experimentada na vivência do humor delirante. "Surgem imediatamente convicções de de­terminadas perseguições, delitos, acusações, ou in­versamente, delírio da idade do ouro, a crença na elevação divina, em alguma satisfação etc."

É importante observar que, em relação ao conteú­do, nem sempre há vinculação direta da vivência expressada com o humor delirante originariamente vivido, a não ser que se admita – como parece acon­tecer em alguns casos – que o humor delirante se apresente em sentimentos próximos ao êxtase, pro­piciando, então, juízos de exaltação e grandeza. A vinculação da vivência delirante ao humor delirante é uma forma de vivência delirante primária. Em outras situações a vivência delirante primária surge imediatamente com plena clareza, sem qualquer vin­culação com o humor.

À expressão delírio pode ser anteposta a qualquer vivência, diz Jaspers, desde que a consciência de significação se transforme em consciência de sig­nificação delirante. Deste modo, ao se classificar o material em que é experimentada a significação, pode-se ter sentimento delirante, humor delirante, percepção delirante, representação delirante, recor­dação delirante, cognição delirante etc.

Vivências delirantes primárias

Adiante, somente as vivências delirantes pri­márias serão objeto deste artigo: percepção delirante, cognição delirante e representação delirante.

Quando uma significação delirante é experi­mentada sem que haja qualquer perturbação dos ór­gãos dos sentidos, ou seja, quando uma significação é distinguida com uma percepção completamente íntegra, está-se diante de uma percepção delirante. As percepções delirantes podem se apresentar sob três aspectos: vivência de significação obscura, vi­vência de observação e vivência de auto-referência.

No delírio de significação os objetos e as pes­soas significam alguma coisa diferente, enigmática, estranha; nada é definido. Parece mesmo que o humor delirante é depositado no mundo.

No delírio de observação determinados fenô­menos do mundo passam a chamar a atenção: uma flor caída, um cordão de sapato, uma palavra pronunciada por alguém, uma parede amarela rachada etc. O mundo é apreendido de modo alterado, as ruas estão muda­das, os automóveis parecem de origem extraterrestre, as pessoas se encontram transformadas. Tudo parece modificado, e de modo estranho. Os pacientes não conseguem se desprender das seguidas impressões. Quando interrogados a respeito dessas impressões, nada esclarecem; tão-somente experimentam os fe­nômenos e os expressam. Há um continuado senti­mento de apreensão, medo, pavor, uma vigilância permanente.

No delírio de auto-referência as significações são delimitadas e referidas ao doente. Tudo que se passa ao redor lhe é dirigido: um olhar, uma palavra, o miado de gato cruzando a calçada. Lembremos aqui a concepção de Delírio Sensitivo-Paranóide de Auto-Referência, descrito por Ernst Kretschmer, em livro do mesmo nome, um delírio, ou, se preferir, uma psicose psicogenética.

A cognição delirante caracteriza-se por ser uma vi­vência surgindo intuitivamente, de modo imediato, sem qualquer vinculação com dados perceptivos do mundo. O paciente não é capaz de dar qualquer explicação para sua apreciação. A experiência deli­rante lhe surge pronta e basta. As coisas assim se apresen­tam, e nada mais. Ele sabe que estão lhe transmitindo mensagens através de ondas telepáticas; nada sente, nada constata objetivamente, não desenvolve nenhu­ma argumentação para demonstrar os fenômenos; ele sabe que está acontecendo, porque está aconte­cendo.

Quando as recordações da vida surgem com novas significações (delirantes), estamos diante do fenômeno da representação delirante. As imagens do passado são matizadas pela consciência alterada. A representação delirante também pode surgir como se fosse uma cognição, isto é, o paciente pode, ins­tantaneamente, atribuir a alguma experiência vivida anteriormente causas de fenômenos que atualmente lhe acontecem.

Essas formulações de Jaspers a respeito das vivências delirantes primárias permitem perceber que os pacientes podem associar uma nova significação especial tanto ao pensado como ao percebido no presente, tanto ao vivido de dentro como ao experimentado de fora. O importante é a "vinculação sem mo­tivo", expressão criada por Grühle, apontada como a característica básica da primeira vivência de signi­ficação delirante. Em seqüência, e encadeada a esta primeira vivência de significação delirante podem surgir novas vivências delirantes. Deste modo, vai se estruturando complexamente o delírio. Assim, o delírio vai se compondo de sucessão de vivên­cias delirantes. Começa-se a perceber, agora sim, uma composição inteligível, mas provavelmente ab­surda.

Em função do conceito de juízos falseados, Jaspers considera três caracteres externos para as vivências delirantes:

1. convicção extraordinária (certeza subjetiva incomparável);

2. não-influen­ciáveis pela própria experiência e por argumentação contrária;

3. impossibilidade de realização do conteú­do.

A partir desses caracteres, é possível diferenciar as vivências originais e os juízos sobre elas estabe­lecidos. Assim, quanto à origem, as vivências deli­rantes podem ser classificadas de dois tipos:

1. surgem compreensivelmente de fenômenos afetivos (humor), de acontecimentos que afetam emocio­nalmente de um modo ou de outro (promovendo sentimentos de culpa, sentimentos de inferioridade, sentimentos de ódio etc.); de percepções equivo­cadas (ilusões), e de vivências de estranheza do mundo ao tempo em que a consciência se encontra alterada (como, por exemplo, no delirium);

2. sur­gem de modo tal, que não podem ser acompanhadas psicologicamente, não derivam de vivências pré­vias, aparecem como "algo último".

As vivências deste último grupo constituem as verdadeiras vivências delirantes. As demais – as compreensíveis psico­logicamente ou as explicadas a partir de outros fenômenos como perturbação da consciência, ilu­são, são consideradas vivências delirante secun­dárias, ou vivências deliriformes.

Em destaque, deve ser mencionado que a "im­possibilidade de conteúdo" não deve ser considerada como de importância capital na conceituação de de­lírio primário, pois há situações nas quais, o conteúdo delirante corresponde à realidade vivida pelo indiví­duo. E mesmo assim, a vivência pode se constituir em delirante. A vivência delirante primária funda­menta-se em "transformação da personalidade, ao passo que um juízo normal se vincula à experiência da realidade comum. O delírio terá de ser reconhecido em seus caracteres típicos, mesmo não se sabendo se o indivíduo tem ou não motivos para o juízo emitido. O delírio não cessa de ser delírio, mesmo que a esposa do doente lhe seja infiel."

A incorrigibilidade da autêntica vivência deli­rante – à custa da alteração da personalidade – per­mite que, em alguns casos, haja apego a esse novo juízo de realidade, e o paciente prossiga em enca­deamento de outros juízos também delirantes. O en­cadeamento sistemático de juízos delirantes, através da elaboração delirante, irá constituir o sistema de­lirante. É possível que a correção se estabeleça em alguma parte deste sistema, mas, certamente, não alcançará a autêntica vivência delirante. A alteração da personalidade promove, em alguma medida, trans­formação da existência. Deste modo, é de se pensar que a correção da vivência delirante primária levaria à supressão da existência do delirante. Jaspers é enfático: o homem não pode acreditar naquilo que eliminaria sua existência (argumentação contrária à sua convicção delirante), ou, muitas vezes até, a razão de seu viver.

Deste modo, os caracteres de uma autêntica vivência delirante se compõem assim de uma vivên­cia delirante primária e da transformação peculiar da personalidade. As idéias de Jaspers sobre o delírio primário indicam que este delírio reside na transformação esquizofrênica da personalidade.

Bibliografia

1. JASPERS, K. – Psicopatologia General. Buenos Aires: Editorial Beta, 1963.

2. JASPERS, K. – Delírio Celotípico. Contribuición al Problema: "Desarrollo de una Personalidad" o "Proceso"? Em: Escritos Psicopatológicos. Madri: Editorial Gredos, 1977.

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