RedePsi - Psicologia

Análise do amor sob a perspectiva da contingência skinneriana

Thiago de Almeida*;
Universidade de São Paulo

Pensar a respeito do amor nos coloca frente a este fenômeno que conhecemos desde a mais tenra idade, e o experimentamos diariamente, através das inúmeras fontes, mas que não refletimos suficientemente. Embora a Psicologia, como um todo, tenha alcançado notáveis progressos desde o seu surgimento, ainda se caminha a passos embrionários em algumas temáticas. E uma destas temáticas abordadas incipientemente é o conceito de amor. É fato que a evolução do que se concebe por amor certamente evoluiu e continua a evoluir, acompanhando o pensamento das pessoas na época na qual está inserido. Dessa forma, este sua conceituação sofreu inúmeras mutações no decorrer da evolução cultural que liga as sociedades contemporâneas às suas raízes históricas. Todavia é possível, a partir de uma abordagem skinneriana, demonstrar que tal conceito, ajudando a descrever um tipo especial de relação social, pode ser comportamentalmente definido.

O que se busca, no presente trabalho, é identificar as possíveis contribuições da Análise do Comportamento para a compreensão de problemas relacionados a esta lacuna teórica e mapearmos a evolução do referido conceito, no que toca a sua importância no contexto cultural. Trata-se, fundamentalmente, de interpretar, com base também na literatura referente à psicologia que estuda os relacionamentos interpessoais amorosos, o conceito do amor, em suas mais importantes versões e fundamentados no pressuposto se que as práticas culturais relacionadas podem ser tomadas em termos do papel que desempenham para a variabilidade e seleção inerentes ao terceiro nível de seleção pelas conseqüências. Nesse sentido, supõe-se que tal empreendimento colaborará lançando luz sobre o fenômeno das relações amorosas em uma perspectiva estritamente científica.

*Bolsista do Cnpq

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