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Avaliação da ansiedade e depressão em mulheres obesas: Uma proposta de intervençaõ psicológica através de grupos terapêuticos

Marília Cammarosano; Maria de Jesus Dutra dos Reis; Rozinaldo Galdino
Universidade Federal de São Carlos 

Considerar os fatores comportamentais envolvidos na obesidade é muito importante, tanto para se pesquisar suas causas quanto para traçar passos para seu tratamento (White & Freeman, 2003). Além disso, também é necessário verificar os aspectos psicológicos que podem estar associados ao comportamento alimentar e, conseqüentemente à obesidade, tanto como causa quanto como reflexo da doença. Visando isto, o presente estudo propôs uma avaliação da ansiedade e depressão, utilizando-se o Inventário Beck de ansiedade (BAI) e de depressão (BDI) em duas aplicações em um intervalo de dois meses, em mulheres obesas (sobrepeso, obesidade grau I e grau II). Essas mulheres eram participantes do Projeto de Obesidade da Educação Física, realizado pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), em que são privilegiadas através de orientações nutricionais e têm a oportunidade de realizar atividades físicas monitoradas cotidianamente. Os dois principais objetivos deste estudo foram a verificação da variação e intensidade da ansiedade e depressão durante dois meses de participação dessas mulheres no Projeto e, primordialmente, como conseqüência da avaliação, a proposta de um tratamento psicológico realizado em grupos terapêuticos sob abordagem da Análise do Comportamento que apresentam como foco a ansiedade, a depressão e a mudança do comportamento alimentar inadequado, pelo serviço de Psicologia da UFSCar – USE (Unidade Saúde Escola). Dessa forma, pretende-se realizar uma intervenção multi e interdisciplinar mais completa para as participantes.     

Os resultados mostraram que houve uma diminuição do nível de ansiedade nos dois meses de participação do Projeto de Obesidade, enquanto que o nível de depressão permaneceu estável. Na primeira aplicação, a ansiedade distribui-se nas intensidades mínima, leve e moderada, enquanto que na segunda, concentraram-se apenas nas intensidades mínima e leve. Não houve alterações significativas na intensidade da depressão, que permaneceu entre mínima e leve. 

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