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I Levantamento Nacional sobre os padrões de consumo de álcool na população brasileira

Do uso social ao problemático, o álcool é a droga mais consumida no mundo. Segundo dados de 2004 da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas. Seu uso indevido é um dos principais fatores que contribuem para a diminuição da saúde mundial, sendo responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos perdidos de vida útil. Quando esses índices são analisados em relação à América Latina, o álcool assume uma importância ainda maior. Cerca de 16% dos anos de vida útil perdidos neste continente estão relacionados ao uso indevido dessa substância, índice quatro vezes maior do que a média mundial.

Do uso social ao problemático, o álcool é a droga mais consumida no mundo. Segundo dados de 2004 da Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 2 bilhões de pessoas consomem bebidas alcoólicas. Seu uso indevido é um dos principais fatores que contribuem para a diminuição da saúde mundial, sendo responsável por 3,2% de todas as mortes e por 4% de todos os anos perdidos de vida útil. Quando esses índices são analisados em relação à América Latina, o álcool assume uma importância ainda maior. Cerca de 16% dos anos de vida útil perdidos neste continente estão relacionados ao uso indevido dessa substância, índice quatro vezes maior do que a média mundial.

O II Levantamento Domiciliar sobre o Uso de Drogas Psicotrópicas no Brasil, promovido pela Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) em 2005, em parceria com o Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas (CEBRID), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), aponta que 12,3% das pessoas pesquisadas, com idades entre 12 e 65 anos, preenchem critérios para a dependência do álcool e cerca de 75% já beberam pelo menos uma vez na vida. Os dados também indicam o consumo de álcool em faixas etárias cada vez mais precoces e sugerem a necessidade de revisão das medidas de controle, prevenção e tratamento.
          
Outros estudos nacionais e internacionais têm demonstrado a ocorrência significativa de mortes e doenças associadas ao uso indevido de álcool. Relatos de violência doméstica, lesões corporais, tentativas e homicídios consumados, assim como outras situações de conflitos interpessoais, são cada vez mais evidente em contextos nos quais o álcool se faz presente.
         
O governo brasileiro, ciente dessa realidade, iniciou um processo de construção de sua política pública para o álcool. Nesse sentido e com o objetivo de garantir o espaço de participação social para a discussão de tão importante tema, instalou, por meio do Conselho Nacional Antidrogas (CONAD), a Câmara Especial de Políticas Públicas sobre o Álcool (CEPPA), composta por diferentes órgãos governamentais e representantes da sociedade civil, nascida a partir dos resultados de um Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), coordenado pelo Ministério da Saúde, no ano de 2003.
         
Em novembro de 2005, o Brasil promoveu e financiou integralmente a 1ª Conferência Pan-Americana de Políticas Públicas para o Álcool. Com o apoio institucional da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), essa conferência reuniu representantes governamentais de 26 países, que discutiram o impacto causado pelo uso indevido de álcool na saúde e na segurança das populações da região pan-americana, culminando com a elaboração da Declaração de Brasília de Políticas Públicas sobre o Álcool. Este documento, consenso entre os participantes, aponta entre suas recomendações que políticas baseadas em evidência sejam implementadas e avaliadas por todos os países das Américas.
        
É neste contexto que o CONAD, órgão central do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (SISNAD) e responsável pela Política Nacional sobre Drogas (PNAD), apresenta os resultados deste I Levantamento Nacional sobre os Padrões de Consumo de Álcool na População Brasileira, um projeto que vem-se desenvolvendo desde o início de 2003, numa renovada parceria entre a Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) e a UNIFESP, desta vez com a Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD), em colaboração com a Universidade do Texas e com a Organização Mundial da Saúde, por meio do Projeto Genacis.
         
Sem sombra de dúvidas, este estudo, aliado a outras pesquisas que vêm sendo desenvolvidas pelo governo, representa um grande passo no processo de construção da política brasileira para o álcool. Uma política equilibrada, sem qualquer viés ideológico de fundamentalismo ou de banalização do consumo,
embasada de forma consistente por dados epidemiológicos, pelos avanços da ciência e pelo respeito ao momento sóciopolítico do nosso país.

Clique aqui para ler o artigo na íntegra

Fonte: UNIAD – Unidade de Pesquisas em Alcool e Drogas

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