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Ensino De Tarefa De Trabalho Com Para Adultos Com Deficiência Mental

Rubens Andreoli, Carolina Parada, Igor Bueno, Ricardo Picoli, Giovana Escobal e Celso Goyos (Programa de Pós-graduação em Educação Especial e Departamento de Psicologia, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, S. P.).

O ensino de habilidades para o trabalho é um processo através do qual um indivíduo é auxiliado a desenvolver habilidades relevantes para o mercado de trabalho e para a garantia de um emprego seguro e remunerado. Os serviços de preparação para o trabalho para pessoas com deficiência mental são consistentes com a legislação corrente, com a crescente necessidade de serviços para esses indivíduos e com a expansão de tecnologia para o desenvolvimento de serviços efetivos. Porém, devido à precariedade do preparo anterior realizado com tais pessoas, e conseqüentemente, dos problemas acumulados que apresenta, bem como em virtude de os variados postos encontrados no mercado de trabalho demandarem uma vastíssima gama de habilidades, papéis e responsabilidades que transcendem a capacidade de um indivíduo que apresenta grande quantidade de comportamentos inadequados e incompatíveis aos comportamentos referentes a uma tarefa de trabalho, é extremamente baixa a probabilidade de que tentativas de implantação de serviços de preparação para o trabalho sejam bem sucedidas, bem como que ocorra a adaptação bem sucedida desse indivíduo em todos os âmbitos da sociedade.

Esse estudo objetivou ensinar uma tarefa de trabalho com e sem arranjo instrucional e avaliar o desempenho dos participantes nessas duas diferentes condições. Três adultos com deficiência mental aprenderam uma tarefa de trabalho com e sem o referido arranjo, através de técnicas de controle de estímulos, modelação, modelagem, esvanecimento e níveis de ajuda. O arranjo contém dispositivos para colocação de papel picado, capas de bloco de anotações e cola. Seus objetivos específicos foram prover assistência imediata; aumentar ou manter a freqüência do comportamento e prevenir erros na rotina da tarefa. Além do arranjo, foram utilizados videocassete, filmadora, adaptador, fitas de vídeo, computador, papel cartão, papel dobradura picado, cola, e itens variados. O delineamento experimental consistiu da apresentação de três estudos de caso. Os resultados mostraram que a introdução do arranjo instrucional diminuiu o tempo de realização da tarefa e permitiu maior controle dos participantes sobre a situação de trabalho, possibilitando que trabalhassem mais estimulados e com maior independência. Palavras-chave: arranjo instrucional, trabalho, deficientes mentais.

Apoio: FAPESP e CNPq.

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