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O Conceito De Sentimentos Na Análise Do Comportamento

Luciane Avancini; Érica Milaine Ferreira Bortoloso Fundação Hermínio Ometto UNIARARAS Pedro Bordini Faleiros USP/UNIARARAS/UNIMEP

O presente trabalho tem como objetivo apresentar o conceito de sentimento para a análise do comportamento. O método utilizado foi uma breve revisão bibliográfica acerca do tema. Skinner (1991) enfatiza que há séculos se diz que nos comportamos de uma dada maneira, por causa de nossos sentimentos, agimos de acordo com o que estamos sentindo. Este mesmo autor ainda complementa, afirmando que se isso fosse verdade, nosso conhecimento dos sentimentos seria desastroso e nenhuma ciência do comportamento seria possível. Guilhardi (2007) ressalta que na comunidade verbal, habituou-se a chamar de sentimento aquilo que é sentido no corpo, expressões como: “tenho sentimentos”, “percebo meus sentimentos”, “capto meus sentimentos” substantivam e dão existência a um conceito inventado – sentimento. Isso é produto da comunidade verbal que ganha uma outra natureza e passa a ser tratado como um evento psicológico e, ainda pior, com propriedades explicativas ou causais.

A comunidade verbal também utiliza de termos arbitrários para nomear os sentimentos, sem se apoiar em referencias precisos, o que torna confuso o uso dos termos e também provêem pouca informação para ser compreendido como fenômeno comportamental. Segundo Guilhardi (2002) uma formulação behaviorista não ignora sentimentos, apenas muda a ênfase do sentimento para o que é sentido, ou seja, o que você sente é seu corpo se comportando. Sentimentos são produtos de contingências de reforçamento, que produzem comportamentos operantes, podendo ser privados (observado somente pela pessoa que se comporta) e públicos (observado pelo outro); comportamentos respondentes que são eliciados e manifestados como estados corporais. Por meio das afirmações dos autores, o conceito de sentimento para análise do comportamento é determinado pelas contingências de reforçamento, sendo necessário identificar as relações funcionais contidas em tais contingências.

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