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Relacionamento entre irmãos gêmeos

Algumas mães, ainda com os filhos no útero, começam um processo de diferenciação, alegando quer um é mais inquieto ou mais dorminhoco que o outro. Normalmente os localizam e identificam pela posição que ocupam no útero. Perceber as diferenças entre os filhos desde o útero pode ser algo muito útil no sentido de se diferenciar a individualidade de cada bebê, mas extremamente negativo se a partir daí começar as comparações entre os gêmeos.

Cada filho tem um lugar na constelação familiar que lhe é peculiar, e é importante que os pais estejam atentos a isso.
    
Apesar de sabermos o quanto a educação familiar é importante para a construção de valores e crenças, essa não é a única forma de moldar a personalidade das crianças porque o cérebro, na infância, funciona como uma esponja absorvendo tudo ao seu alcance.
    
Uma das coisas mais comuns entre crianças gêmeas, é vê-las vestidas de forma igual. Isso pode ser até bonitinho, mas mesmo quando são pequenos de certa forma prejudica a formação da personalidade de cada um. Vestindo as crianças com roupas iguais, os pais contribuem e dificultam que cada criança tenha sua própria individualidade, dificultando também a diferenciação dos filhos.
    
Os brinquedos e objetos de cada um deve ser etiquetado com seus nomes ou guardados em lugares diferentes, para que eles saibam o que é de cada um e também a diferenciação.  É importante que cada um disponha dos seus brinquedos, pois se tudo pertencer a ambos, é difícil que os gêmeos possam pensar em si mesmos como pessoas diferentes.
    
Cada criança tem seu nome e é importante que eles sejam chamados pelos mesmos e não “os gêmeos”. Para eles, esse rótulo, pode causar uma baixa auto estima, pois desde cedo sentem que não podem exercer sua própria identidade.
    
Assim como qualquer relacionamento entre irmãos é normal existir atritos e competições, porém num relacionamento entre irmãos gêmeos, a rivalidade pode ser maior, afinal eles dividiram até o lugar dentro do útero. A partir daí, os pais precisam pensar que não é porque são parecidos ou iguais que devem fazer as mesmas coisas. É muito importante lembrar que cada um é cada um, com seus defeitos, qualidades, vontades, desejos e aspirações diferentes.

Referências Bibliográficas

SANTOS, Augusto Cesar Maia – “Relacionamento familiar” Ed. Casa Publicadora.

RONCA, Paulo Afonso Caruso – “Quem são nossos filhos ?”, São Paulo, Ed. Edesplan, 2004.

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