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identidade

Para Jung uma tendência inconsciente de se comportar como se duas entidades dessemelhantes fossem de fato idênticas. Estas pode­riam ser tanto entidades internas como entidades externas, ou a iden­tidade poderia ser entre um elemento interno e um externo. (Jung não usa a palavra no sentido de "identidade pessoal").

A opinião de Jung sobre a psicologia de um bebê era de que ele existe em um estado de identidade com seus pais e, em particular, com sua mãe. Isto é, ele participa da vida psíquica de seus pais, e de si próprio tem pouca ou nenhuma. Nitidamente não é este o caso, e Jung, ele próprio, contradizia isso com a observação de que o recém-­nascido possui uma psicologia complexa. Em virtude disso, psicólogos analí­ticos subseqüentes mantiveram o conceito, mas de forma alterada.

Identidade atualmente é usado como termo geral para abranger toda a gama de fenômenos na tenra infância, quando ainda não ocor­reu uma nítida diferenciação consciente entre sujeito e objeto. É usado metaforicamente para indicar imagens positivas e negativas do bebê, suas fantasias e sentimentos de estar fundido como se fosse um só com sua mãe. Vê-se a identidade como um tipo de uma realização; um estado em que a díade mãe-bebê deve entrar conduzida pelo com­portamento de aproximação ativa do bebê, antes de ocorrerem pro­cessos de ligação-separação, que é um estado de identidade ainda não total.

A insistência de Jung em que a identidade é um estado preexis­tente (identidade "original") também passou por adaptações de modo a fazer-se referência a capacidades inatas arquetípicas de se chegar a um estado de identidade. Em uma linguagem simples, ninguém pode-se ligar pessoalmente sem ter estado muito íntimo – do mesmo modo como não se pode se separar sem se haver ligado. A ordem dos eventos é: (a) no nascimento, mãe e bebê estão psicologicamente separados. Ambos possuem capacidades inatas para entrar em um estado de identidade; (b) um estado de identidade é alcançado; (c) a partir disso, uma ligação pessoal se desenvolve; (d) a partir daquela, começa uma separação.

A concepção apriorística de Jung de identidade preserva-se em conexão com a teoria dos opostos. Tal identidade justifica o que percebemos como opostos.

Jung também usava o termo para resumir o resultado de suas especulações sobre os elos fundamentais entre a psique e a matéria.

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