A idéia do inconsciente psicóide para Jung foi primeiramente desenvolvida em 1946. Sua formulação tem três aspectos:
(1) Refere-se a um nível do inconsciente, ou nele, que é completamente inacessível para a consciência.
(2) Este nível mais profundo do inconsciente possui propriedades em comum com o mundo orgânico; os mundos psicológico e fisiológico podem ser julgados como duas faces de uma mesma moeda.
O nível psicóide é neutro em caráter, não sendo nem totalmente psicológico nem totalmente fisiológico.
(3) Quando Jung aplicava a noção do arquétipo ao inconsciente psicóide, o elo psíquico/orgânico era expresso na forma de uma conexão mente/corpo. Um arquétipo pode ser representado como um espectro, estendendo-se de um pólo instintivo, fisiológico, "infravermelho", para um pólo espiritual ou imagístico, "ultravioleta". O arquétipo abarca os dois pólos e pode ser experimentado e apreendido através de um ou do outro. As abordagens biológicas ou etológicas do arquétipo podem ser caracterizadas como "infravermelhas"; as abordagens mitológicas ou imaginais, como "ultravioletas".