Depois de terminar seus estudos de medicina em São Petersburgo, Bekhterev trabalhou na Alemanha nos serviços de Flechsig, de Westphal e do psicofisiologista Wundt, e posteriormente com Charcot, na Salpêtrière. Em 1887, dirigiu em Kazan o Instituto de Psicofisiologia e fundou uma Sociedade de Neuropatologia e de Psiquiatria, antes de ser nomeado em 1893 para a cátedra de doenças mentais e nervosas de São Petersburgo, que ocuparia durante 20 anos, reorganizando o ensino clínico e criando em 1907, graças a verbas particulares, um Instituto de Pesquisas em Psiconeurologia, rebatizado em 1925 como Instituto V.-M. Bekhterev. Ainda em 1927, representaria a União Soviética no Simpósio Internacional de Psicologia de Wittenberg em Springfield (Ohio). Morreu no dia 25 de dezembro do mesmo ano, quando pensava na criação de uma espécie de "Panteão" neuro-anatômico para o estudo e a conservação dos cérebros dos homens geniais. Em 1988, a revista soviética Literatournaia Gazieta revelou que ele teria sido envenenado por ordem de Stalin, a propósito de quem Bekhterev formulara um diagnóstico de paranóia !!!
Aluno de Wundt, influenciado pelas teorias de Pavlov, por quem tinha entretanto uma sólida inimizade, Bekhterev foi um dos pioneiros na aplicação de métodos objetivos ao estudo da psicologia, desenvolvendo uma teoria "psico-reflexológica" em seu livro "Psicologia objetiva", publicado em 1913 em Leipzig. Também lhe devemos trabalhos sobre as localizações cerebrais, a epilepsia, a educação de crianças anormais e sobre a hipnose. Sobre este último tema, parece ter aceito e difundido na Rússia as idéias de Bernheim.
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