Se citamos aqui esse publicitário londrino, filho de um attorney (jurista) e autor, em 1817, de um "Quadro das fontes de ação", no qual desenvolveu uma filosofia neoepicurista, egoísta e utilitária, segundo a qual o interesse é o único móbil de nossos atos, é principalmente porque foi ele que concebeu, em 1791, o Panopticon, dispositivo arquitetônico que preconizava, quando se devia planejar um estabelecimento (asilo ou prisão) destinado à vigilância. O Panopticon típico era um edifício circular, comportando uma sala central destinada ao guarda, de onde se irradiavam certo número de células individuais, que se abriam para uma rotunda central por uma grade e para o exterior por uma janela. Um asilo construído de acordo com esse esquema foi inaugurado em dezembro de 1814 em Glasgow, segundo a planta "em estrela" do arquiteto William Stark, que também realizaria o asilo de alienados de Dundee (este segundo uma planta em H, retomada depois em York, a conselho de Samuel Tuke).
Destinou a maioria dos seus trabalhos à França, submeteu à Assembléia Constituinte muitos projetos sobre impostos, sobre a justiça e sobre as colônias, recebeu da Convenção o título de cidadão francês, e, querendo ser útil além da morte, desejou que seus restos mortais servissem para dissecação.