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Dicionário

BOMBARDA, Miguel-Augusto (1851-1910)

Originário do Rio de Janeiro, Miguel Bom­barda estudou medicina em Lisboa, onde defendeu sua tese, em 1877, sobre "O delírio de perseguição", antes de trabalhar no Hos­pital São José. Em 1880, foi professor de fisiologia e de histologia na Escola de Medi­cina e Cirurgia de Lisboa; em 1892, médico do Hospital de Rilhafoles, e em 1903, profes­sor de fisiologia geral. Suas atividades foram múltiplas: membro do Conselho Superior de Higiene, do Conselho de Medicina Legal, da Academia Real de Ciências, presidente da Sociedade de Ciências Médicas de Lisboa, secretário geral da Liga Nacional contra a Tuberculose e fundador do Jornal de Medi­cina Contemporânea, para o qual escreveu artigos políticos, literários e artísticos, e tam­bém médicos e científicos.

Suas convicções materialistas se manifes­tam tanto nas suas teorias psiquiátricas organicistas, expressas, por exemplo, em "O neurônio e a vida psíquica", "Os hemisférios cerebrais e as funções psíquicas" (1877) e "Consciência e livre-arbítrio" (1896), quanto no seu engajamento político como republica­no violentamente anticIerical. Morreu a 3 de outubro de 1910, assassinado em seu consul­tório por um doente mental, no mesmo dia em que estourava a revolução militar que ele contribuíra para promover e que resultaria na derrubada da monarquia portuguesa. O Asilo de Alienados de Lisboa, instalado no antigo Palácio de Rilhafoles, que ele dirigiu durante 18 anos, seria chamado de "Manicômio Bombarda", em sua homenagem.

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