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Dicionário

MAYER-GROSS, William (1889-1961)

Willy Mayer-Gross era originário de Bingen (Renânia). Estudou em Kiel, Munique e Hei­delberg, onde defendeu uma tese em 1913 sobre a "Fenomenologia da felicidade pato­lógica", antes de tornar-se assistente na clíni­ca psiquiátrica. Retomou seu lugar depois da guerra e foi diretor-adjunto, encarregado de cursos e depois professor associado em 1929. Em 1932, assumiu a cátedra de psiquiatria de Groningen, mas suas origens judaicas o leva­ram a deixar a Alemanha hitIerista. Em 1933, encontrou um posto no Maudsley Hospital de Londres, onde introduziu os tratamentos com insulina. Naturalizou-se, adotou o prenome de WiIliam e em 1939 foi nomeado diretor de pesquisas no Asilo Real de Crichton, no con­dado rural de Dumfries (Escócia). Ficou ali até a sua aposentadoria em 1955, mas encar­regou-se então do Departamento de Psiquia­tria Experimental, recentemente criado em Birmingham. Morreu nessa cidade, de uma coronarite, a 15 de fevereiro de 1961.

Desde 1951, era membro titular do Colé­gio Real de Medicina e conselheiro da OMS. Propuseram-lhe a direção do laboratório de psicofarmacologia da Universidade de Hei­delberg.

Ao lado de trabalhos consagrados às re­percussões psicológicas das afecções orgâni­cas e biológicas cerebrais, certamente é a sua análise fenomenológica dos estados onirói­des (Die Oneiroide Erlebnissform), publica­da em 1924 e inspirada pela psicologia es­trutural de Karl Jaspers (que conheceu no serviço de Nissl em Heidelberg), que cons­titui a contribuição mais original de Mayer-­Gross. Na mesma perspectiva, devemos-lhe uma notável análise do pensamento esquizo­frênico, gigantesca suma clínica publicada em 1932, no Tratado de Bumke.

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