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Dicionário

MUNDY, (Barão) (1822?-1894)

Era um curioso personagem, esse barão aus­tríaco excêntrico, originário da Morávia e doutor em medicina pela Universidade de Viena, que gastou a sua fortuna pelo bem da humanidade. A primeira parte da sua vida foi consagrada aos alienados. Sabendo seis ou sete línguas, utilizando como tribuna con­gressos e revistas científicas, realizou por toda a Europa uma cruzada antiasilar em favor da vida "ao ar livre" dos doentes men­tais, para os quais instituições calcadas na de Gheel lhe pareciam a solução ideal. Até apre­sentou na Exposição Universal de Paris em 1867 um chalé-modelo, adaptado à coabita­ção de um alienado com uma família de camponeses. A guerra de 1870 marcou a rup­tura definitiva com essas preocupações psi­quiátricas. A partir de então, dedicou-se à causa dos feridos de guerra, organizou du­rante o cerco de Paris um serviço de ambu­lância no palácio do Corpo Legislativo, um segundo durante a Comuna em La Grande ­Jatte, no parque de Saint-Cloud e, voltando a Viena, ocupou-se do transporte das vítimas da guerra russo-turca de 1877-78.

Doente, suicidou-se com um tiro a 23 de agosto de 1894 em Prater, às margens do Danúbio.

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