Conceito psicanalítico referente a um aspecto da "teoria da libido" do desenvolvimento sexual infantil. Por ordem de surgimento e desenvolvimento, as fases libidinais são consideradas, geralmente, como: (1) oral, (2) anal, (3) fálica, (4) genital.
As excitações e gratificações sexuais estão especificamente relacionadas com as zonas erógenas características de cada fase especifica do desenvolvimento libidinal, e receberam a designação de pulsões parciais, uma vez que tendem a formar ou contribuir com componentes parciais para o padrão total final de sexualidade adulta plenamente realizada. Essas pulsões parciais geralmente são discerníveis na vida sexual adulta, nas chamadas carícias prévias ou nos traços de perversão.
Essas pulsões parciais podem ser substituídas umas pelas outras na excitação e gratificação. A insatisfação numa zona pode propiciar, mais cedo ou mais tarde, um aumento de atividade numa outra zona. Isso gera a impressão metafórica de que a energia do instinto sexual total, ou libido, é de natureza fluida, como se estivesse sujeita a forças metafóricas hidrostáticas e hidrodinâmicas. Dessa impressão derivaram termos psicanalíticos tais como bloqueio, recanalização, deslocamento e outros, que subentendem o desvio de excitação e gratificação de uma área de escoamento para uma outra.