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longevidade

Vida longa. Em sua acepção médica e estatística, o termo refere-se ao fenômeno de uma longa duração, ou grande extensão, do tempo de vida e, por conseguinte, a um conceito biológico com importantes implicações na esta­tística médica, assim como na medicina consti­tucional e genética.

A existência de fatores genéticos operando na longevidade humana foi demonstrada de modo conclusivo por numerosos estudos de famílias, embora os detalhes do mecanismo genético envolvido ainda não tenham sido elu­cidados. Certos experimentos de Pearl mostra­ram que, na drosófila, a longevidade é domi­nante sobre a vida curta. Um certo número de casos de vida curta poderá ser atribuído, assim, a mecanismos de um fator recessivo único. Também existe a possibilidade de genes letais, a qual merece ser levada em conside­ração como fator capaz de influenciar o tempo de vida, embora as provas atuais sejam no sentido de que o papel significativo dos genes letais está limitado aos estágios de vida pré­-natal.

Segundo a teoria de Pearl, é a constituição genética total do indivíduo, e não a existência de quaisquer genes particulares – letais ou não -, que tem maior importância como fator determinante da duração da vida. Entretanto, Scheinfeld propõe, como opinião especulativa, a noção de que, se existem genes que produzem uma interrupção fatal nos estágios iniciais da vida, então também poderá haver genes "regu­lados" para causar a morte em períodos subse­qüentes. É nesta teoria que se baseia a convicção de que existem grupos de genes, coletivamente herdados em determinadas famílias, os quais, de modo geral, tornam algumas delas poten­cialmente longevas e outras de vida curta.

Quanto ao aspecto constitucional da longe­vidade, foi demonstrado por Pearl que os indi­víduos de vida longa são mais astênicos e os de vida curta mais pícnicos; que as mulheres têm uma nítida vantagem biológica sobre os ho­mens; e que na juventude todos os indivíduos abaixo do peso médio têm uma mortalidade maior, ao passo que o excesso de peso significa maior mortalidade em indivíduos acima dos 40 anos de idade.

Estudos sobre o fator de status marital na longevidade demonstraram uma vantagem dos casados sobre os solteiros em geral, mas isso deve-se principalmente a fatores seletivos, mais do que a benefícios ambientais proporcionados pelo casamento. A longevidade também está positivamente correlacionada com um status social e econômico favorável, e com o trabalho intelectual (profissões liberais, etc.) em oposição ao trabalho manual, embora a questão da influência relativa de fatores genéticos deter­minando simultaneamente ocupações de baixo nível e uma constituição medíocre, por um lado, e as desvantagens ambientais de ocupações manuais, por outro, não tenham sido minucio­samente exploradas.

Quanto à base físico-química da longevidade, existe a interessante hipótese de Meggendorfer de que não é a duração de vida como tal que é hereditariamente determinada, mas apenas a longevidade no sentido de uma quantidade definida de energia vital. Influências ambien­tais como a temperatura e a luz, podem afetar a longevidade mediante alterações na velocida­de dos processos metabólicos e, por conse­guinte, na taxa de consumo da dotação fixa de energia de que cada indivíduo dispõe.

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