Objeto material de qualquer espécie (ídolo, amuleto, talismã) que encarna qualidades misteriosas e sobrenaturais, e do qual se pode esperar auxílio em momentos cruciais.
Em psiquiatria, dá-se o nome de fetiche ao objeto de amor da pessoa que sofre da parafilia chamada fetichismo – geralmente uma parte do corpo ou algum objeto pertencente ou associado ao objeto de amor. O fetiche substitui o objeto de amor e, embora possa ocorrer atividade sexual com o objeto de amor, a satisfação somente é possível se o fetiche estiver presente ou, pelo menos, for fantasiado durante tal atividade. Também é típica do fetichista a habilidade para obter satisfação exclusivamente do fetiche, na ausência do objeto de amor. Os fetiches mais comuns – sapatos, cabelos compridos, brincos, peças do vestuário íntimo, pés – são símbolos penianos ou servem para evitar a completa nudez da mulher; e o fetichismo é assim considerado um meio de negar os medos de castração. Tal negação da falta de um pênis na mulher, por parte do homem adulto (e quase todos os fetichistas são homens) pressupõe um grau de divisão do ego da pessoa que ordinariamente só se encontra em casos de um ego defeituoso ou seriamente limitado. O termo também é usado, de maneira mais imprecisa, com referência a regras e convenções que são aplicadas de forma distorcida ou respeitadas indevidamente.