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Estudo diz que exercício físico reduz insônia crônica

Uma pesquisa apresentada pela doutoranda em Psicologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Gisele Passos, em sua dissertação de mestrado, mostrou que o exercício aeróbio intenso pode reduzir a ansiedade de pessoas que sofrem de insônia crônica primária e aumentar em aproximadamente uma hora o tempo de sono.
Uma pesquisa apresentada pela doutoranda em Psicologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Gisele Passos, em sua dissertação de mestrado, mostrou que o exercício aeróbio intenso pode reduzir a ansiedade de pessoas que sofrem de insônia crônica primária e aumentar em aproximadamente uma hora o tempo de sono.

Pessoas que sofrem com a dificuldade de dormir (distúrbio que se caracteriza pelo despertar precoce ou sono não restaurador) podem se beneficiar com a prática esportiva de intensidade moderada horas antes de dormir.

O estudo avaliou os efeitos de três modalidades de atividade aeróbica (caminhada moderada em esteira, caminhada intensa em esteira e musculação), realizados de forma aguda e em diferentes intensidades. Foram 36 voluntários, de ambos os sexos, com histórico de insônia crônica primária durante nove anos, aproximadamente. Os resultados mostraram que, além de aumentar em 37% o tempo de sono desses indivíduos houve também uma redução de 54% da latência do sono e em 7% dos casos deminuiu o estado de ansiedade.

Um outro estudo realizado em 2003, também por pesquisadores da Unifesp, já havia apontado que metade da população da cidade de São Paulo apresenta queixas de insônia crônica e que 20% das pessoas afirmam ingerir medicamentos para dormir, sendo os benzodiazepínicos os mais consumidos. Entima-se que a insônia crônica afete de 10% a 15% da população e deste número, entre 2% e 22% tenham a chamada insônia crônica primária. As mulheres são as mais afetadas. Além disso, fatores como envelhecimento, ocorrência de doenças clínicas, de transtornos mentais e os trabalhos por turno também agravam o problema. A insônia crônica traz prejuízos para o comportamento diurno, já que causa fadiga, mau-humor, irritabilidade, falta de atenção, de concentração e prejuízos à memória.

Uma segunda fase da pesquisa vai avaliar se a prática constante de exercícios físicos pode ajudar no tratamento de insônia crônica. O estudo terá duração de aproximadamente seis meses e será realizado no Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício (CEPE), da Unifesp, e no Instituto do Sono, ambos na Vila Clementino, zona sul de São Paulo. Os voluntários à pesquisa devem apresentar histórico de insônia e ter entre 30 e 55 anos.

Notícia retirada da fonte:

Mente e Cérebro

Por Carla Destro para RedePsi

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