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Estudos dizem que obesidade nem sempre faz mal à saúde

Dois estudos publicados pela revista especializada Archives of Internal Medicine afirmam que nem toda obesidade significa problemas de saúde e que é possível ser obeso e saudável.
Dois estudos publicados pela revista especializada Archives of Internal Medicine afirmam que nem toda obesidade significa problemas de saúde e que é possível ser obeso e saudável.

Na primeira pesquisa, realizada na Universidade de Tubingen, na Alemanha, foram analisadas as gorduras de 314 pessoas, divididas em quatro grupos: com peso normal, acima do peso (com índice de massa corporal até 29,9), obesos sensíveis à insulina e obesos resistentes à insulina. A gordura corporal, visceral (em torno do abdome) e subcutânea foram medidas com exames de ressonância magnética, além da medição dos níveis de gordura no fígado e nos músculos.

Os cientistas concluíram que, enquanto a gordura abdominal é um forte indicativo de resistência à insulina – um dos sinais de risco da diabetes – nos pacientes de peso normal, ou acima do peso, ela não tem tanta importância para determinar os riscos dos pacientes obesos.

O médico Norbert Stefan, que liderou a pesquisa, afirma que não defende a obesidade, mas sim um exame mais detalhado dos obesos, que avalie a gordura no fígado e nos músculos para identificar os riscos reais.

O segundo estudo, do Albert Einstein College of Medicina, em Nova York, analisou dados de 5.440 pacientes com fenótipos diferentes para medir até que ponto a gordura é fator determinante de problemas de saúde.

Os dados utilizados na pesquisa foram coletados entre 1999 e 2004 de pessoas com peso normal, acima do peso e obesas, com e sem anomalias cardiometabólicas (que incluem pressão alta, nível elevado de triglicerídeos e o chamado "bom colesterol").

Os resultados mostraram que 23,5% dos adultos de peso normal apresentavam anomalias, enquanto 51,3% dos adultos acima do peso e 31,7% dos obesos eram saudáveis "metabolicamente". Entre os fatores associados os problemas de saúde dos adultos com peso normal, estavam a idade avançada, baixos níveis de atividade física e maior circunferência da cintura.

Segundo o estudo, o resultado mostra que há uma proporção considerável de adultos obesos e acima do peso considerados saudáveis, ao mesmo tempo em que uma considerável proporção de adultos de peso normal apresenta problemas de saúde normalmente ligados à obesidade.

A cientista Rachel Wildman afirma que ainda "são necessários novos estudos sobre mecanismos comportamentais, hormonais, bioquímicos e genéticos que estão por trás dessas diferentes respostas metabólicas ao tamanho do corpo", e poderão, no futuro, ajudar na criação de métodos para identificar pacientes em risco.

Notícia retirada da fonte:

Folha Online

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