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O Nome da Rosa e o conhecimento Rizomatico

O artigo fala de forma descontraída sobre a possibilidade do uso do rizoma para um entendimento mais profundo da realidade.
Saudações! O meu nome é João Henrique. Peço aos senhore(a)s perdão, pois esse é o meu primeiro (E espero não ser o ultimo) artigo. Peço, assim, ao leitor, indulgência, como aquela que se dá às crianças travessas com os seus primeiros passos. Isso posto, devo também agradecer ao meu amigo Antônio Ricardo, pelo incentivo dado a esse ato.

Gostaria de expor que, o desejo desse vosso servo é dialogar, trocar informações, trocar impressões com os leitores. Para isso, espero que possamos nos comunicar através de vossos comentários. Bem, depois disso tudo, vamos ao artigo; pois é isso que se espera. A idéia desse escrito nasceu tem um mês, mais ou menos. Ela veio enquanto pesquisava o do por que do escritor Umberto Eco ter intitulado “O Nome da Rosa” para o seu romance, que virou filme com o mesmo título. O trabalho em tela foi proposto pela nossa querida professora Estrella Bohadana, Doutora em Filosofia, para a qual aproveito para mandar os meus votos de apreço. Em minhas andanças pela Internet, na busca da explicação; encontrei uma artigo (Para quem quiser:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Umberto_Eco), onde dizia que, além de filósofo, lingüista e escritor; Umberto Eco era um dos raros especialistas em semiótica (Ciência que estuda o significado); bem como que, o mesmo sustentava a tese de que a chave para o decifrar do significado de qualquer código, necessário se faz o uso da estrutura rizomática como chave de comparação. Ao ler o artigo, meu coração deu um pulo. Não precisa dizer que, como curioso e disperso que sou, deixei de lado imediatamente a procura que estava fazendo para tentar entender o que era estrutura rizomática. Na insana procura do rizoma; a cada clique de mouse, na caça do seu significado, minha mente estalava e o meu coração pulsava cada vez mais forte.

Em minha cabeça, fantasiava que Eco havia descoberto a chave para o entendimento do Universo, da Bíblia, do DNA Humano, dos códigos criptografados (E devo dizer, tudo isso, talvez, seja verdade)…. Por fim, descobri que Rizoma é uma estrutura similar à das moléculas orgânicas, onde as ligações entre as partes se dão de maneira não hierárquica; de onde de “A” pode-se ir para “B” ou para mais outros mil lugares; podendo-se percorrer as ligações em várias direções diferentes. Então, na minha mente, fez-se a idéia de que, para se entender o significado das coisas, uma única esfera de conhecimento humano (Física, química, matemática, história, filosofia, teologia, etc….) não era o suficiente. Era necessária a utilização de várias esferas ao mesmo tempo; sem o qual o significado das coisas nos escapa como um todo. Nesse ponto, senti pena dos seres humanos, que, como eu, imerso em suas especialidades, podiam estar deixando de entender o significado das coisas em sua totalidade. Após esse desfecho, parei para pensar que, talvez, isso se dê pelo fato de que o cérebro utiliza o rizoma em suas atividades.

Ao se obter um novo conhecimento, o cérebro o associa a vários conhecimentos antigos; de tal forma que, a sua recuperação, pode-se dar por mais de um caminho. Quando uma pessoa sofre um derrame, onde parte do cérebro é danificada, o que a impede de utilizar determinados caminhos preferenciais para mover os membros, o próprio cérebro explora e cria outros caminhos, destinados a mover os membros sobre os quais se perdeu o controle ou acessar as memórias que se perderam; como em um rizoma. Uma vez perdi um formulário.

Procurei por vários lugares sem encontrá-la. Estava quase desistindo quando senti um cheiro forte de café vindo da copa do serviço. Naquele momento me lembrei que, da ultima vez que estive segurando o formulário nas mãos, eu estava tomando café. Fui até a maquina de café, apanhei um cafezinho e refiz o caminho até onde tinha segurado o formulário pela ultima vez, com uma folha de papel simbolizando o mesmo. Parei diante da mesa, com a folha de papel. O telefone tocou. Lembrei então que o telefone tocara também naquela vez. Atendi ao telefone.

Coloquei o café em cima da mesa, sentei na cadeira. Eu havia lembrado que era isso que eu fiz. Falei com a pessoa no telefone e desliguei. Lembrei que, naquele dia, ao atender ao telefone, eu tive que anotar um recado. Fiz que deixaria o papel perto da impressora para anotar o recado; e lá estava o formulário; bem onde o deixara….Isso realmente dava indícios da importância do rizoma, pois o conhecimento de onde deixei o formulário era acessado pelas informações do café, do andar e do som do telefone e do anotar do recado.

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