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Esquiva experiencial: novidade na Terapia Comportamental

As pesquisas e transformações na prática clínica não páram. Uma das novidades da última década é o protocolo do controvertido Steven Hayes – amado por uns, odiado por tantos outros.

A ACT, sigla para Acceptance & Commitment Therapy (Terapia da Aceitação e Compromisso) é a psicoterapia criada pelo grupo de Hayes para tratar de algo comum em muitas psicopatologias: a esquiva experiencial. Por esquiva experiencial entende-se aqueles comportamentos reforçados negativamente ao proporcionar alívio ou evitação de certos sentimentos, como a angústia, a ansiedade ou a tristeza. É um fenômeno comum.

As pessoas aprendem a mudar de estação quando toca a música que lembra o amor perdido e evitam a nostalgia. Ou aceitam pedidos inconvenientes quando recusar causou brigas em casa, e assim evitam alguns aborrecimentos. Mas isso pode vir a se tornar um problema quando esses reforçadores negativos imediatos comprometem reforçadores positivos importantes numa contingência de longo prazo. A pessoa que não se "desapaixona" pelos amores perdidos não pode desfrutar de sua amizade e a que evita as brigas com a familia fica cada vez mais sobrecarregada de tarefas e sem tempo para se dedicar a suas atividades favoritas.

Dentro desse ponto de vista funcional, a esquiva experiencial seria um fator relevante para a inflexibilidade psicológica. A proposta da ACT é apontar, na vida do cliente, os prejuízos da esquiva experiencial a longo prazo, ensinar as alternativas "disposição" e "aceitação" e treinar habilidades relevantes na sessão de psicoterapia.

Rodrigo Nunes Xavier (olharbeheca.blogspot )

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