O sentimento de culpa: uma visão da análise do comportamento

Monteiro, M. S.[1]; Faleiros, P. B.[2]; Augusto, F. C.[1]; Carminatti, M. C.; Petruz, M.[1][email protected]

[1]Centro Universitário Hermínio Ometto – UNIARARAS
[2]UNIARARAS, UNIMEP, USP-SP  

O trabalho tem como objetivo analisar o sentimento de culpa como um subproduto de contingências, com base nos princípios  da análise do comportamento. Os estudos da Analise do comportamento relacionados aos sentimentos e eventos privados iniciam-se em 1945 por um trabalho de Skinner intitulado A análise operacional de termos psicológicos. A culpa é um sentimento, ou seja, um evento privado, que deve ser considerado e analisado juntamente com o comportamento. Ela surge pela emissão de comportamentos considerados “inadequados” socialmente. Quando estímulos coercitivos e aversivos fazem com que o indivíduo emita determinada resposta haverá como conseqüência uma punição, e, como subproduto dessa punição, surgirá o sentimento de culpa. Conforme Guilhardi (2002) e Ingberman e Machado (2003), é possível o analista do comportamento deve realizar um trabalho que não dissocie os sentimentos dos comportamentos emitidos pelo indivíduo, levando em consideração todo o contexto em que o mesmo está inserido e toda sua história de vida. Todos nós, seres humanos, somos coagidos no sentido que devemos enquadrar os nossos comportamentos nas regras sociais. A culpa poderia ser menos efetiva em nossas vidas se soubéssemos lidar melhor com situações aversivas, discriminando o que é realmente necessário para nós, sabendo manejar adequadamente as situações em que vigoram o controlar e o ser controlado. Caba ainda salientar, que a compreensão do sentimento de culpa como um subproduto de contingências de reforçamento é de fundamental importância para o analista  do comportamento em diversos contextos profissionais como na terapia, educação, relações de trabalho, dentre outros.