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A “loucura” como mecanismo de “ajustamento” do “campo social-humano”

– A classificação ¨imposta¨.

– O ¨ajustamento¨ imposto e a ¨nova¨ identidade.

– Beneficios proporcionados ao individuo ¨louco¨.

* A classificação imposta.

Temos como principio orientador, a premissa de que:

– A existência, como a conhecemos necessita estar dentro de um ¨campo¨ determinado, com propriedades conhecidas, que possam ser identificadas, pelos ¨objetos¨ inseridos nela, e que estes se identifiquem com estas de forma recíproca.

Em nosso caso, temos as relações de fácil verificação, que expressam a nossa ¨colocação anterior¨:

– Um individuo, só se reconhece como tal, dentro da sociedade em que ¨vive¨, está possui características especificas, com a qual este, é confrontado e, pelas similaridades com a qual se identifica, ¨aprende¨ que está ¨vivo¨ e que possui uma ¨identidade única¨, ao desenvolver a capacidade de se ¨auto-classificar¨ (idealização do ¨eu¨…). Assim podemos determinar que:

– O campo social-humano (a sociedade geral, como a conhecemos…), é o fator determinante, que possui, propriedades identificáveis, com a qual os indivíduos humanos se ¨identificam¨ e assimilam (ou introjetam…),o que resulta na identidade individual, e na percepção de um ¨eu¨ ( ocasionado pela linguagem única e a predominância da espécie, sobre o ecossistema geral do planeta…).

O que leva a uma determinação na ¨ação dirigida¨, do comportamento individual e coletivo de forma geral, que é:

– A ¨favor¨ (ou de forma positiva…) ao campo social-humano, fortalecendo a sua conservação e o desenvolvimento deste, em troca, de sua identidade constituída de acordo com suas ¨preferências¨, que se ¨formaram¨ durante seu desenvolvimento, e fazem parte de suas necessidades ¨atuais¨.
 
– Ou ¨contra¨ (negativa aos eventos externos…) o campo social-humano, o que produz a este um enfraquecimento de sua conservação e desenvolvimento, dentro de seus princípios ¨funcionais¨ atuantes, levando este a adequá-lo com ¨outra¨ identidade, a qual fornecerá ¨propriedades¨ que fortalecem o campo ¨total¨ e sua continuidade.

Assim a classificação criada pela sociedade, a qual habitualmente nos acostumamos, expressada pela palavra ¨loucura¨ e suas variações, ganha um outro contexto, a qual ¨historicamente¨ se torna verificável ( deste a época das possessões demoníacas e outros conceitos limitadores…), pois ela possui um objetivo especifico, com uma resultante determinada, ao individuo ¨louco¨, e a sociedade dominante.

* O ¨ajustamento¨ imposto e a ¨nova¨ identidade.

Verificamos que um organismo adaptado, em funcionamento eficiente (mantendo-se conservado e em desenvolvimento…), possui ¨características¨ de ¨ação dirigida¨ (comportamento…), em relação ao seu ¨campo total¨, que se expressam independentes da psicologia ¨humanista tradicional¨ (Darwin, e a teoria da evolução…), são estas:

– A capacidade de auto-sustento (manutenção de suas necessidades orgânicas…).

– A eficiência de sua identidade ¨auto-sustentável¨ dentro do campo total, a qual está inserida, e seu reconhecimento pelo ¨eu¨.

Quando este individuo se mostra ¨desajustado¨, em seu campo total, e este lhe dá a classificação de ¨louco¨, o funcionamento se reorganiza, da seguinte forma:

– O campo ¨total¨ proporciona seu sustento, dentro das condições impostas da ¨nova¨ identidade (manutenção de suas necessidades orgânicas…).

– Sua identidade ¨sustentável pelo campo total¨, a qual está inserida, se torna ¨organizada¨ pelas reações que este expressa a suas ações ¨comportamentais¨ especificas ¨comportamentais¨.

O ¨campo social-humano¨ se mostra como o orientador-organizador decisivo, a fixação do padrão internalizado, do comportamento do individuo, assim se este se mostra ¨estimulado¨ pelas exigências expostas ( que fortaleçam seu campo total…), ele poderá fixar seu novo ¨padrão¨ orientado e organizado:

– Pelos estímulos ¨positivos¨ integrados a sua estrutura, com origem ¨externa¨ que fortaleçam a sua própria conservação e desenvolvimento. Ou…

– Pelos estímulos ¨negativos¨ que são introjetados a sua estrutura, com origem ¨externa especifica¨ que o enfraqueçam, como individuo com identidade única, e o forcem a assumir a ¨nova¨ identidade imposta, que fortaleça o campo ¨total¨.

Pois o campo sempre fornecerá as necessidades que o individuo expresse a sua conservação e desenvolvimento, se este se ajustar às necessidades do campo social-humano, que se mostra dominante a continuidade e conservação de si, perante o individuo.

* Beneficios proporcionados ao individuo ¨louco¨.

Assim o ¨louco¨ se mostra adequado (ou o ¨bandido¨, ou ¨assassino¨ que deixaremos para outra ¨discussão¨…), pois suas necessidades são ¨supridas¨ e, com a ¨identidade imposta¨, este se mostra ¨agradecido¨, ou ¨justificado¨, as mudanças com o que se organiza e se orienta nesta nova relação com o campo social-humano ¨total¨.

Isto ira ocorrer, de forma, com que , ele, o individuo (estrutura orgânico-campo comportamental…), se ¨mostre¨ ¨consciente¨, das características fenomenológicas expressa ( não as dinâmicas…), que são:

– Sua iniciativa a mudança ( ou aceitação do campo total, com sua força dominante…), o que se apresenta como um comportamento, predisposto aos ajustes impostos, mas pela ¨ótica¨ do ¨eu¨ em ação sobre o todo ¨social.

– Beneficios resultantes, como ¨méritos¨ conquistados por si, não permitidos pelo ¨campo¨ total. -Malefícios ocorrentes, como ¨predisposições¨ de um ¨campo¨ total ¨injusto¨, não com origem a seu comportamento ineficiente, ou a sua forma, ¨distorcida¨ de classificar sua relação com o campo social-humano total.

* Referências

– J. PIAGET: ¨THE CHILD¨S CONCENPTION OF PHYSICAL CAUSALITY, LONDRES, NOVA YORK, 1.930.

– C. F. STOUT:¨ANALYTIC PSYCHOLOGY¨, 2 VOLS., LONDRES, 1.913, A MANUAL OF PSYCHOLOGY, 3° ED. LONDRES.

– FREUD SIGMUND: ¨A CONNECTION BETWEEN A SYMBOL AND A SYMPTOM¨, COLLECTED PAPERS, VOL II: LONDRES: LEORNARD E V. WOOLF, 1.924.

– ADAMS D. K: ¨A RESTATEMENT OF THE PROBLEM OF LEARNING¨, BRITISH J. PSYCHOL (GEN.SEC), 1.931, 22, 150-178 PAGS.

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