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Ficar triste quando o filho nasce nem sempre é depressão pós-parto, diz psicóloga

A tristeza que a mãe sente quando o filho nasce pode não ser um sintoma de depressão pós-parto. Até um mês depois do nascimento do bebê, é comum as mulheres passarem por um período de melancolia, conhecido como "baby blues".

A tristeza que a mãe sente quando o filho nasce pode não ser um sintoma de depressão pós-parto. Até um mês depois do nascimento do bebê, é comum as mulheres passarem por um período de melancolia, conhecido como "baby blues".

A psicanalista Vera Iaconelli, mestre em psicologia pela USP (Universidade de São Paulo) e coordenadora do Instituto Gerar de Psicologia Perinatal, diz que durante esta fase a mãe pode ficar triste, confusa, ter o humor alterado e chega a desacreditar que vai conseguir cuidar do bebê. Esse comportamento é normal, segundo Iaconelli.

De acordo com a psicanalista, o "baby blues" regride sozinho ao longo do primeiro mês, já a depressão pós-parto precisa ser tratada e raramente é curada sem acompanhamento médico.

"As pessoas acham que deveriam estar saltitantes depois do parto, porque existe na cultura uma ideia de revista: 'ela teve o bebê, já perdeu 20 quilos e está linda e maravilhosa na festa'. E não é isso que acontece de fato", explica.

Por acreditar que não é comum ficar melancólica, a mãe pensa que essa situação só ocorreu com ela e começa a crer que o problema é patológico. "Faz parte do pós-parto um certo humor triste, não tem nada de errado nisso", diz.

Iaconelli alerta que a situação requer ajuda médica dependendo da intensidade dos sintomas e necessariamente quando esse período de abalo ultrapassa um mês.

"O diagnóstico pode ser feito a partir da fala dessa mulher. Ou por meio dos sintomas: ela está insone, não come, está abatida, não para de chorar. Havendo sofrimento, procure alguém que possa fazer esta distinção", recomenda.

Fonte: BOL Notícias

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