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Parar de fumar é mais fácil para o homem, constata pesquisa

Os homens têm mais facilidade de abandonar o vício do cigarro que as mulheres, revela um levantamento feito com médicos do Rio e São Paulo que tratam o tabagismo. Segundo especialistas, a explicação para a diferença é a relação que cada um dos sexos tem com a nicotina. Segundo a pesquisa, encomendada pela Pfizer, do total de homens atendidos, 36,6% conseguem efetivamente parar de fumar. Entre as mulheres, o índice cai para 29,7%.

Os homens têm mais facilidade de abandonar o vício do cigarro que as mulheres, revela um levantamento feito com médicos do Rio e São Paulo que tratam o tabagismo. Segundo especialistas, a explicação para a diferença é a relação que cada um dos sexos tem com a nicotina. Segundo a pesquisa, encomendada pela Pfizer, do total de homens atendidos, 36,6% conseguem efetivamente parar de fumar. Entre as mulheres, o índice cai para 29,7%.

Foram entrevistados 220 médicos – cardiologistas, pneumologistas, psiquiatras e clínicos. Para a cardiologista Jaqueline Issa, diretora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) de São Paulo, o resultado não indica que os homens são, necessariamente, mais persistentes que as mulheres. "Eles têm é mais facilidade."

Isso ocorre, segundo ela, porque as mulheres têm maior dependência da nicotina para controlar distúrbios como estresse ou ansiedade. "Talvez por influência dos hormônios, a nicotina passa a ser o elemento que a mulher reconhece como estabilizador nas situações de alteração de humor, emoção intensa e estresse", explica. "Para elas, se torna necessário fumar. Já o homem não fuma necessariamente por essas razões."

O resultado dessa maior dependência é a ligação que elas criam com a nicotina, que é mais difícil de ser quebrada nos tratamentos. "É preciso um método diferenciado para atingirmos a mesma taxa de eficácia entre os homens." A psiquiatra Analice Gigliotti, coordenadora do Setor de Dependência Química do Serviço de Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio, vai além: assim como os fatores genéticos, hormonais e a tensão pré-menstrual, o fato de mulheres serem mais propensas a terem algum distúrbio mental dificulta o abandono ao vício. Segundo ele, pesquisas mostram que a prevalência de depressão ou ansiedade é duas vezes maior entre elas.

Fonte: BOL Notícias

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