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Estudo descobre que alimentação não tem efeito sobre autismo

Muitos pais colocam suas crianças autistas em dietas estritamente livres de glúten ou laticínios, convencidos de que problemas gastrointestinais são uma causa primária. Porém, um novo estudo sugere que as dietas complicadas podem não ser justificadas.

Muitos pais colocam suas crianças autistas em dietas estritamente livres de glúten ou laticínios, convencidos de que problemas gastrointestinais são uma causa primária. Porém, um novo estudo sugere que as dietas complicadas podem não ser justificadas.

Pesquisadores da Mayo Clinic revisaram os registros médicos de mais de cem crianças autistas acima dos 18 anos, e os compararam a mais de 200 crianças sem a doença. Eles não encontraram diferenças na frequência geral de problemas gastrointestinais relatados pelos dois grupos, embora as crianças autistas sofressem com maior frequência de prisão de ventre e fossem comedores meticulosos (crianças muito exigentes em relação a sua comida), com maior dificuldade em ganhar peso.

O estudo, publicado na última segunda-feira no jornal "Pediatrics", é o primeiro a observar a incidência de problemas gastrointestinais numa população autista, segundo o primeiro autor do artigo, Samar H. Ibrahim, gastroenterologista pediátrico da Mayo Clinic.

"Até hoje, não existe um experimento provando realmente que uma alimentação livre de caseína e glúten melhore o autismo", disse Ibrahim. "As dietas não são fáceis de seguir e podem, algumas vezes, causar deficiências nutricionais".

O estudo descobriu que a maioria das crianças, autistas ou não, sofria de problemas gastrointestinais comuns como prisão de ventre, diarreia ou vômitos. A alimentação meticulosa também era comum.

Fonte: BOL Notícias

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