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Pesquisa mostra por que dedicamos atenção especial a rostos de bebês e temos o ímpeto de sorrir ao vê-los

Basta olhar para aquelas bochechinhas fofas, os olhos grandes e brilhantes – e se os pequenos lábios fizerem algum movimento que lembre o esboço de um sorriso – fica muito difícil não voltar a atenção para criaturinha a sua frente. Já havia algum tempo que os cientistas sabiam que a visão de rostos de bebês costuma provocar reações emotivas em adultos. Ao longo da evolução, essa característica foi decisiva para que os “filhotes humanos” garantissem afeto e proteção. Agora, uma nova pesquisa sugere que, quando vemos uma criança pequena, uma área do cérebro responsável pelo sentimento de recompensa deflagra um processo neuroquímico que resulta em comportamentos afáveis e no ímpeto de interagir com o bebê.

Basta olhar para aquelas bochechinhas fofas, os olhos grandes e brilhantes – e se os pequenos lábios fizerem algum movimento que lembre o esboço de um sorriso – fica muito difícil não voltar a atenção para criaturinha a sua frente. Já havia algum tempo que os cientistas sabiam que a visão de rostos de bebês costuma provocar reações emotivas em adultos. Ao longo da evolução, essa característica foi decisiva para que os “filhotes humanos” garantissem afeto e proteção. Agora, uma nova pesquisa sugere que, quando vemos uma criança pequena, uma área do cérebro responsável pelo sentimento de recompensa deflagra um processo neuroquímico que resulta em comportamentos afáveis e no ímpeto de interagir com o bebê.

Em um experimento desenvolvido pelo neurocientista Morten L. Kringelbach e seus colegas da Universidade de Oxford, os pesquisadores pediram que 12 adultos voluntários completassem uma tarefa no computador enquanto rostos de pessoas de várias idades, incluindo bebês, piscavam na tela em intervalos regulares. Os estudiosos captaram as respostas neurais dos participantes com magnetoencefalografia, uma técnica de imageamento que detecta diretamente a atividade cerebral em milissegundos. A técnica de ressonância magnética funcional permite que especialistas meçam a intensidade e as variações do fluxo sanguíneo, o que possibilita o acompanhamento da dinâmica cerebral.

Embora ao final os voluntários tenham processado os rostos usando as regiões do cérebro que normalmente desempenha tal tarefa, todos os participantes mostraram uma resposta inicial e distinta aos rostos das crianças isoladamente. Em um sétimo de segundo ocorreu um pico de atividade no córtex medial orbitofrontal, uma área acima dos globos oculares, ligada à detecção de estímulos de recompensa. “Esta atividade neurológica indica que percebemos os rostos de bebês como especiais, damos atenção a sua imagem, o que nos faz nos sentirmos momentaneamente recompensados; por isso em geral sorrimos para crianças pequenas”, diz Kringelbach.

Ele acredita que o estudo possa oferecer pistas acerca das razões pelas quais mães com depressão pós-parto são menos receptivas a seus filhos. O neurocientista especula que mulheres deprimidas não recebem este “sinal especial” do córtex medial orbitofrontal, que faz com que os bebês nos emocionem e nos façam sorrir.

Fonte: Mente & Cérebro

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