As Principais influências de base das Psicoterapias Comportamentais, foram o Comportamentalismo (Método de Pesquisa, observação de eficácia e efetividade), a Psicanálise (Representações Mentais), a Psicologia do Ego (insight – pensar a respeito do próprio pensamento e dar-se conta de suas disfunções para modificá-las) e, o Humanismo rogeriano (Espírito Colaborativo).
A partir dos anos 60’, a Psicoterapia Cognitiva, teve como base as Escolas de Modificação do Comportamento Cognitivo (Joseph Wolpe: Dessenssibilização Sistemática; Beck: Terapia Cognitivo-comportamental e Ellis: Terapia Racional Emotiva Comportamental).
A Psicoterapia Cognitiva-comportamental, conforme Beck, 1964, “pauta-se por ser um Psicoterapia Breve, estruturada e orientada ao presente, direcionada a resolver problemas atuais e modificar os pensamentos e os comportamentos disfuncionais”.
O Objetivo das TCC’s, segundo Beck, 1997, é produzir a mudança cognitiva, no pensamento e no sistema de crenças, visando promover mudança emocional e comportamental duradoura, através de estratégias cognitivas e comportamentais.
Como característica, a TCC, valoriaza a tríade ambiente/indivíduo e comportamento, sendo o pensamento a chave da abordagem, onde através do Empirismo Colaborativo, onde paciente e terapeuta trabalham juntos.
A Terapia Racional Emotiva Comportamental, fundada por Albert Ellis em 1955, foi precursora ao evidenciar a influência de processos cognitivos sobre sentimentos e comportamentos. Ellis, inicia experimentando estilos de terapias diferentes, como a terapia analítica eclética, influenciado pela filosofia grega e romana estóica. Utiliza-se dos conceitos advindos do Comportamentalismo, da
Aprendizagem Social, da Metacognição e do Modelo Dialético.
O princípio fundamental está sustentado no pressuposto de que as circunstâncias não perturbam as pessoas, mas as pessoas perturbam-se pela sua visão das circunstâncias. Assume, em decorrência deste princípio, que pensamento, emoção e comportamento são interrelacionados, numa relação sistêmica e, devem ser trabalhados juntos, através do Sistema ABCDE, onde: A (acontecimento ativador), B (crenças irracionais), C (conseqüências emocionais e comportamentais), D (debate), E (nova filosofia).
Com o objetivo de mudar a baixa tolerância à frustração e promover a mudança emocional e comportamental profunda, adota métodos cognitivos, comportamentais e emocionais. Utiliza-se de técnicas tais como a inundação, a dessensibilização, a exposição ao vivo, treino de habilidades sociais acompanhado de mudanças básicas em crenças irracionais.
Ellis trabalha com a categorização de regras para minimizar a vulnerabilidade biológica – base biológica da “irracionalidade humana”, sede das “perturbações emocionais”, tais como a “procrastinação” e a “falta de disciplina”.
Através de uma atitude enérgica, realiza o “questionamento ativo das filosofias perturbadoras e auto-derrotistas”, para desenvolver um sistema de “crenças mais racionais, adaptativas e saudáveis”, para minimizar as perturbações do “ego”e do “desconforto”, ampliando a flexibilidade cognitiva, fundamental para o equilíbrio emocional.
Almeja uma mudança dessas “filosofias perturbadoras”, do sistema de Crenças Absolutistas”, baseado em obrigações e imperativos, base dos “Pensamentos Disfuncionais”, as “Musturbations”, tais como: “Terrivelização”, “Não-aguentite”, “Condenação”. Centra-se, assim, nos sistema de valores dos pacientes, questionando o “absolutismo das afirmações”, tais como: “Devo, absolutamente”; “Devo, ser tratado por, absolutamente”; “As condições sob as quais vivo, devem ser absolutamente confortáveis, prazeirosas e valiosas”.
Para finalizar, conforme as metas consoantes com a TREC, e para atingir um grau de “felicidade razoável” devemos priorizar algumas crenças racionais que todo ser humano deve ter desenvolvidas, tais como, o “auto-interesse”, “interesse social”, “auto-direção”, “tolerância”, “flexibilidade”, “aceitação da incerteza”, “comprometimento”, “pensamento científico”, “auto-aceitação”, “correr riscos” e “expectativas realistas”.
A TREC toma como valores a “sobrevivência”e a “felicidade”, minimizando o desconforto emocional e as ocorrências de comportamentos “auto-derrotistas”.
Ellis, A., & Blau, S. (1998). Rational emotive behavior therapy. Directions in Clinical and Counseling Psychology, 8, 41-56.
Jorge Luís Cruz de Vasconcellos
Terapeuta Cognitivo-comportamental
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Muito interessante!
otima esta literatura