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Vício na Internet: um problema que atinge 50 millhões de usuários em todo o mundo

Um levantamento realizado pela Universidade La Salle, nos Estados Unidos, estimou em 50 milhões o número de pessoas viciadas em Internet. De acordo com o Internet World Stats, uma espécie de censo, 1,3 bilhão de pessoas usam Internet em todo o mundo.
Um levantamento realizado pela Universidade La Salle, nos Estados Unidos, estimou em 50 milhões o número de pessoas viciadas em Internet. De acordo com o Internet World Stats, uma espécie de censo, 1,3 bilhão de pessoas usam Internet em todo o mundo.

E um dos sinais mais visíveis desse problema é que o indivído torna-se antissocial em sua vida fora da internet. "Quem passa por isso geralmente fica agressivo, briga com os familiares de casa e fica atormentado quando não está on-line", afirma a psicóloga Heloisa Ayres, voluntária da equipe de estudos de psicologia social da UERJ. O tratamento tem várias etapas e também é multidisciplinar. O paciente passa por avaliações que norteiam a como será tratado o problema. Há casos em que o viciado pode ser tratado individualmente.

Para Heloisa, as motivações que levam alguém a recorrer as drogas podem também levar ao vício no ciberespaço. "Grande parte é formada por pessoas sem perspectiva de futuro a curto, médio e longo prazo, que acabam por se envolver nisso", diz. A psicóloga mostra que os casos não têm exatamente um perfil imutável. E o atendimento acontece para adolescentes, adultos e até a terceira idade.

Identificação

Nas empresas, escritórios que trabalham com computador, o acesso à Internet é quase fundamental e muitos destes profissionais passam todo o tempo conectados à rede. Mas isso não se caracteriza um vício. "Exitem profissionais que passam o dia todo conectado. Um webdesigner ou programador pode ficar 14 horas na internet por conta do trabalho. O que tem que ficar claro é a qualidade de uso, isso determina se há vício. O possível, é diagnosticar o vício com base na repetição. Um exemplo: uma pessoa fica conectada durante  três horas e usa, o Orkut, o MSN, e-mails, lê notícias e pesquisa sobre temas diversos. Isso é bem diferente de alguém que fica essas três horas e acessa sites de pornografia em busca de parceiros sexuais ou conteúdos conteúdos com violência", explica a psicóloga Andréa Jota, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa da Psicologia em Informática (NPPI) da PUC-SP.

Quem quiser buscar orientações dadas pelo NPPI pode entrar em contato pelo e-mail [email protected]. Andréa diz que o padrão que se baseia no tempo de conexão não é mais tão utilizado para se diagnosticar o vício. Tanto ela quanto Heloisa dizem que o vício é identificado quando o uso da passa a ser feito em em prejuízo a outros compromissos que a pessoa tem na vida real. "Esse é um ótimo referencial, o indivíduo deixa de fazer as coisas na vida dela e prefere a Internet. Não dá atenção a vida social, de casa, trabalho, estudos, em função disso. O uso que da Internet passa a ser abusivo", resume Heloisa.

Andréa afirma que geralmente o perfil do viciado varia de acordo com a pessoa. Homens tem a tendência de procurar parceiras sexuais e gastam muito mais tempo em sites com conteúdo erótico. Já as mulheres procuram mais sites de relacionamentos, como o Orkut e facebook, e gastam tempo em salas de bate-papo ou em softwares de mensagens instantâneas, como o MSN.

Tratamento

Existe o consenso que uma conversa sincera é a melhor forma de iniciar a aproximação e dessa maneira, tentar demonstrar ao viciado como sua atitude pode ser prejudicial. Andréa diz também que, em caso de adolescentes, os país, ou responsáveis, devem impor limites. "Os pais deve fazer o controle. Pode dialogar, no início, mas se em situação limite, é necessário impor autoridade", recomenda ela. E também lembra: "Autoridade não é radicalismo".

E para adultos, Andréa recomenda ainda mais diálogo e em conforme o caso, buscar ajuda especializada. "Com o adulto é deferente porque o adulto não se dá conta que que pode estar atravessando um problema. É preciso insistir, trazer a discussão outras pessoas da família e conversar. Somente depois disso, busque ajuda especializada", recomenda.

 

fonte: http://www.sidneyrezende.com/noticia/87409+vicio+na+internet+um+problema+que+atinge+50+millhoes+de+usuarios+em+todo+o+mundo

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