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Cientistas brasileiros são divididos por carta em defesa da liberação do uso da maconha

O jornal Folha de São Paulo publicou nesta quinta feira, dia 15 de julho, uma carta assinada por quatro neurocientistas, dentre os quais, três são da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), defendendo a descriminalização do uso da maconha; carta esta, que causou polêmica no meio.

O jornal Folha de São Paulo publicou nesta quinta feira, dia 15 de julho, uma carta assinada por quatro neurocientistas, dentre os quais, três são da Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento (SBNeC), defendendo a descriminalização do uso da maconha; carta esta, que causou polêmica no meio.

Embora a carta tenha sido escrita por diretores da SBNeC, ela não representa toda a entidade, alerta Vinícius Baldo, da USP, em entrevista ao G1. Jefferson Cavalcante, da UFRJ, critica a atitude dos autores da carta, dizendo que cabe ao neurocientista ater-se aos fatos, mostrando o efeito da maconha sobre o cérebro, e não opinar sobre o que a sociedade deve ou não fazer. Cavalcante explica ainda que o uso  da maconha pode ser a porta de entrada para diversas outras drogas mais perigosas.

Os autores da carta argumentam que o uso recreativo da maconha deve ser liberado, e que é preciso atentar para que não se confunda usuários com traficantes, e foi escrita em protesto à prisão do músico paulista  Pedro Caetano, acusado de tráfico de drogas.

Conforme adverte Marcus Vinícius Baldo, presidente da SBNeC, quando a discussão extrapolou as bases científicas e assume caráter ideológico, já deixou de ter apoio da entidade. E é importante lembrar para o efeito deste tipo de publicação. Com facilidade a palavra destes neurocientistas pode ser tomada como argumento de  autoridade por desconhecedores da área em favor da legalização da maconha.

Conforme explica Gilberto Fernando Xavier, da USP, ainda não foram bem avaliados os efeitos do uso recreativo da maconha e, portanto, a idéia deve ser pensada com cautela.

Fonte: Canal de notícias G1.

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