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O Campo Ponto Zero – parte II

O Criador e Mantenedor do universo físico

O conceito de tempo-espaço, como um substrato do universo preenchido de energia, emergiu durante o século XX. No começo deste século, acreditava-se que o espaço era preenchido com um campo de energia invisível – o éter luminoso – que produz fricção quando os corpos se movem através dele e, assim, diminuía a velocidade de seu movimento. Mas quando tal fricção não se materializou no famoso experimento Michelson-Morley, o éter foi retirado da imagem do mundo dos físicos. O vácuo absoluto – espaço que é verdadeiramente vazio quando não ocupado por matéria – tomou seu lugar.

Entretanto, o vácuo cósmico se mostrou ser muito diferente de um espaço vazio. Na ‘Grande Teoria Unificada', desenvolvida na segunda metade do século XX, o conceito de vácuo se transformou de um espaço vazio para o meio onde existe o Campo Ponto Zero (CPZ), nome que deriva do fato desse campo de energia estar presente mesmo quando todas as formas clássicas de energia desaparecem, na temperatura do 0º absoluto. Nas teorias unificadas subseqüentes, as raízes de todos os campos e forças da natureza foram atribuídas a esse misterioso mar de energia conhecido como ‘vácuo unificado'.

Mais e mais interações vieram à luz entre esse campo fundamental e os processos e coisas observadas no mundo físico. Em 1.960, Paul Dirac mostrou que as flutuações no campo férmico (campo de partículas da matéria) produzem uma polarização no CPZ do vácuo, com o vácuo, por sua vez, afetando a massa, a carga, a rotação e o momento angular das partículas. Mais ou menos ao mesmo tempo, Andrei Sakharov propôs que os fenômenos relativísticos (o atrasar dos relógios e o encurtamento dos bastões próximos da velocidade da luz) são resultados dos efeitos no vácuo, devido à camada protetora do Campo Ponto Zero pelas partículas carregadas. Essa é uma idéia revolucionária, pois esse conceito de vácuo vai além do contínuo tetradimensional da teoria da relatividade. Não é apenas a geometria do espaço-tempo, mas um campo físico real produzindo efeitos físicos reais.

Outros efeitos foram encontrados… [e] produziram uma teoria sofisticada que mostra que a força inercial, a força gravitacional e, mesmo a massa, são conseqüências de uma interação de partículas carregadas com o CPZ.

Mesmo a estabilidade de nosso planeta em sua órbita ao redor do Sol deriva de energia absorvida desse vácuo quântico. Quando a Terra percorre sua órbita ela perde momento; devido à constante perda de momento, o campo gravitacional do Sol – na ausência dessa absorção de energia do CPZ – iria sobrepujar a força centrífuga que empurra a Terra para sua órbita, e a Terra iria espiralar para dentro do Sol. Isso significa que além da inércia, da gravidade e da massa, a própria estabilidade do sistema solar e dos átomos é devida à interação com o Campo Ponto Zero do vácuo.

Embora ainda haja muito a ser descoberto sobre esse vácuo quântico, já é claro que é um meio cósmico superdenso. Ele veicula a luz e todas as forças universais da natureza. Ondas de pressão podem se propagar através dele, atravessando o universo de ponta a ponta. Esse é um achado do físico e matemático alemão Hartmut Mueller. Ele diz que a dimensão observada de todas as entidades, dos átomos às galáxias, é determinada pela interação com as ondas de pressão e densidade, que se propagam nesse vácuo.

De acordo com sua ‘teoria da escala global' o universo é dimensionalmente limitado: na parte mais baixa do horizonte dimensional a densidade da matéria é a maior e na parte mais alta é a menor. Isso PE devido às ondas de pressão baseadas no vácuo. Porque o universo é finito em pontos críticos dimensionais, as ondas se superpõem criando ondas estacionárias que duram muito. Essas ondas determinam as interações físicas estabelecendo o valor das forças gravitacionais, eletromagnéticas e nucleares – forte e fraca.

Por meio da ressonância elas amplificam algumas vibrações e reprimem outras; são assim responsáveis pela distribuição de matéria pelo cosmos inteiro. Todos os processos têm um ritmo interno de acordo com sua ressonância com as ondas estacionárias do vácuo. Mueller conclui que esse vácuo é um fundo cósmico ultrafraco que atua como um campo morfogenético.

Um campo que transporta luz (ou seja, ondas de fótons) e ondas de pressão e densidade, e reabastece a energia perdida por átomos e sistemas solares, não é uma entidade teórica abstrata. Não surpreende que mais e mais físicos falem do vácuo quântico como uma plenitude cósmica real.

 

Lazlo, Ervin; "Science and The Akashic Field"; Inner Traditions, USA, 2004.

Tradução de Moacir Amaral in "Triângulos: Estruturas de Compreensão do Ser Humano", São Paulo, 2007; págs 81-82 e 85-86.

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