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Intervenção Precoce em Análise do Comportamento com Famílias de Crianças de Desenvolvimento Atípico: Relatos de 3 Atendimentos

Bruno Cortegoso Prezenszky1; André Nicolau2; Nahara Laterza Lopes3 [email protected] 1,2,3 Curso de graduação em Psicologia, Universidade Federal de São Carlos

A presente Sessão de comunicação livre tem como objetivo apresentar três relatos de casos atendidos em estágio curricular com a utilização de técnicas comportamentais, e discutir as técnicas utilizadas, as dificuldades encontradas e alternativas para intervenções futuras. As intervenções visaram o atendimento de crianças com desenvolvimento atípico e sua família para estimulação precoce dessas crianças, e teve como base a operacionalização do Procedimento de Treino Domiciliar e do Planejamento Curricular do Inventário Portage (WILLIAMS e AIELLO, 2001). Essa estimulação tinha como objetivo promover melhor qualidade de vida (contingências não aversivas) para as crianças atendidas e seus familiares na medida em que proporcionaria condições favoráveis de aprendizado e desenvolvimento. O atendimento foi voltado para a instalação de repertório dos pais para que estes pudessem intervir no ambiente e repertório da criança. As intervenções foram realizadas segundo o modelo Portage, pelo qual os pais foram ensinados por modelo e feedback a desenvolver atividades, registrar desempenho dos filhos, avaliar os resultados, alterar procedimentos, arranjar contingências favorecedoras de aprendizagem e consequenciar comportamentos dos filhos. As crianças atendidas apresentavam diferentes diagnósticos: autismo, Síndrome de Robnow e suspeita de autismo e dificuldades em linguagem. No primeiro caso, puderam ser identificadas quatro etapas da intervenção, sendo duas de ensino da criança em habilidades específicas, uma de extinção de comportamento de autoestimulação e uma de avaliação da intervenção por meio da aplicação do intrumento Inventário Portage. Como exemplo de resultados, pôde ser observado na criança aumento do tempo dedicado a uma tarefa específica e aumento da frequência de respostas verbais; enquanto na mãe, pôde ser observada maior frequência de aplicação de técnicas de Análise do Comportamento, como procedimentos de modelagem e reforçamento diferencial. No segundo caso, foram identificadas duas etapas da intervenção, sendo uma de ensino da criança em habilidades específicas e uma de avaliação da intervenção. Os resultados evidenciam aumento da freqüência de respostas verbais por parte da criança. No terceiro caso, podem ser identificadas três etapas da intervenção, sendo uma de avaliação das habilidades prévias da criança, uma de intervenção com a família e outra de treino com a criança. Tanto a avaliação como o treino com a criança envolveram o instrumento Inventário Portage. Como resultados, pôde ser observado que a criança aumentou seu repertório verbal e houve melhora na interação mãe e filha.  

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