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Uso de celulares “pode ser cancerígeno” diz OMS

O Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (CIRC), agência especializada da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou nesta terça-feira que o uso de telefones celulares deve ser considerado como fator "possivelmente cancerígeno para o ser humano".

O Centro Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (CIRC), agência especializada da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou nesta terça-feira que o uso de telefones celulares deve ser considerado como fator "possivelmente cancerígeno para o ser humano".

"Testes sobre o assunto, nos campos eletromagnéticos de radiofrequência, apontam campos muito fortes para justificar uma preocupação quanto a esta classificação, considera Jonathan Samet, presidente do grupo de pesquisa patrocinado pelo CIRC, após uma reunião de oito horas em Lyon (região central da França) com cerca de 30 especialistas de 14 países.

"O grupo de pesquisa busca classificar (…) por meio de estudos epidemiológicos um risco crescente de glioma, um tipo de câncer do cérebro relacionado ao uso de celular", disse Jonathan Samet em uma entrevista coletiva.

Esta classificação significa que "pode haver risco e que, por isso, devemos ficar atentos à relação entre os telefones celulares e o aparecimento do câncer", concluiu.

Segundo Christopher Wild, diretor do CIRC, "é importante a realização de pesquisas complementares sobre a utilização intensiva, a longo prazo, dos celulares".

"Durante a espera da disponibilização de tais informações, é importante tomar medidas pragmáticas, a fim de reduzir a exposição (às ondas)", acrescentou, citando a utilização de kits que deixam as mãos livres e os SMS.

O grupo de trabalho não quantificou o risco, mas faz referência a um estudo sobre o uso desses aparelhos até 2004, que mostravam um aumento de 40% do risco de gliomas entre os maiores usuários (definidos, na época, como os que acionavam o aparelho durante 30 minutos por dia durante 10 anos).

Os especialistas estudam, também, os riscos em outros campos eletromagnéticos, tais como radares, micro-ondas, emissores de rádio ou televisão, ou telecomunicação sem fio, considerado as provas, nestes casos, ainda insuficientes.

Fonte: AFC (Paris)
Adalberto Tripicchio PhD

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