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Bebês compreendem quando um adulto cometeu um erro ou não pelo tom de voz

Elena Sakkalou e Merideth Gattis da Unviversidade de Cardiff da Inglaterra conduziram dois estudos que avaliaram a habilidade de bebês de 14 a 18 mêses no discernimento das intenções de adultos através de dicas lexicais (palavras) e prosódicas (entonação da vóz).

Léxico pode ser definido como o acervo de palavras de um determinado idioma enquanto a prosódia se relaciona ao ritmo, entonação e demais atributos correlatos na fala. 
Em ambos os estudos os bebês assistiram um adulto desempenhar uma sequência de ações com brinquedos que produzia um determinado resultado. No primeiro estudo as ações foram marcadas intencionalmente com dicas ambas lexicais e prosódicas. No segundo estudo as dicas lexicais eram apresentadas em grego, o que então disponibilizada aos bebês dicas prosódicas mas não lexicais (pois eram bebês criados na inglaterra). Essas "marcas" incluiam as palavras e entonações relacionadas a "There" (lá) versus "Whoops"(oops). O adulto então brincava com um brinquedo empurrando-o ou então rolando e em uma das ações dizia a palavra "there" (intencional) ou "Whoops" (acidental). Depois o bebê quando tinham oportunidade de brincar com os brinquedos, de maneira geral imitavam a ação que era acompanhada da palavra "there".
Em ambos estudos os bebês reproduziram ações mais intencionais do que acidentais, sugerindo que bebês podem inferir intenções através de dicas prosódicas. Isto quer dizer que provavelmente os bebês conseguem compreender parte da comunicação humana através do ritmo e entonação vocal e isto acontece antes do que se acreditava até o momento. 
Os estudos foram publicados no periódico Cognitive Development, Volume 27, Issue 1, January–March 2012, Pages 1–16

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