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Autismo está relacionado a anormalidades da placenta, aponta pesquisa

Pesquisadores da Universidade de Medicina de Yale descobriram em recente pesquisa como mensurar o risco do bebê desenvolver autismo, ao verificar as anormalidades da placenta no nascimento, permitindo diagnósticos e tratamentos precoces a esse distúrbio de desenvolvimento. As descobertas foram publicadas no periódico Biological Psychiatry, nesta quinta-feira (25).

Uma em cada 50 crianças são diagnosticadas com espectro autista nos Estados Unidos a cada ano, sendo que o diagnóstico ocorre entre os 3 ou 4 anos ou mais; Tendo em vista esse diagnóstico tardio, muitas oportunidades de intervenção são perdidas, já que o cérebro é mais responsivo ao tratamento no primeiro ano de vida.

O líder da pesquisa, Dr. Harvey Kliman, do Departamento de Obstetricía, Ginecologia e Reprodução da Escola de Medicina de Yale, juntamente com colaboradores do instituto MIND da Universidade da Califórnia, descobriu que placentas anormais e o crescimento anormal de células denominadas trofoblastos são as chaves para identificar recém-nascidos com risco para o autismo.

Kliman e sua equipe examinaram 117 placentas de recém-nascidos de famílias de risco, onde uma ou mais crianças possuíam autismo; Tais placentas foram comparadas com o grupo controle que consistia de 100 outras placentas coletadas da mesma área geográfica.

As placentas do grupo de risco possuíam cerca de 15 ocorrências de trofoblastos, enquanto as placentas do grupo controle possuíam no máximo duas ocorrências; Kliman apontou que uma placenta com 4 ou mais ocorrências de trofoblastos  predizem, conservadoramente, que o bebê possui 96,7% probabilidade de estar sob o risco de desenvolvimento de autismo.

Atualmente o maior fator de risco diz respeito ao histórico familiar, sendo que casais com uma criança com autismo estão nove vezes mais sob-risco de ter outra criança com autismo; Kliman diz que essas famílias de risco, ao terem filhos subsequentes a criança autista, podem empregar estratégias de intervenção precoces para melhorar os resultados. “Casais sem susceptibilidade genética conhecida devem estar atentos aos sinais indicadores que podem não se manifestar até o segundo ou terceiro ano de vida da criança”, aponta o pesquisador.

Kliman pontua também que espera que o diagnóstico de risco de desenvolvimento de autismo examinando-se a placenta no nascimento torne-se procedimento comum, sendo que as crianças que apresentarem ocorrências de números elevados de trofoblastos possam ter intervenções precoces e uma qualidade de vida melhor como resultado desse diagnóstico.

Fonte: ScienceDaily

 

 

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