O número de norte-americanos em tratamento de depressão triplicou em dez anos, com o uso cada vez mais frequente dos medicamentos ao invés da psicoterapia, segundo um estudo publicado hoje pela Jama (jama.ama-assn.org), revista da American Medical Association.
O número de norte-americanos em tratamento de depressão triplicou em dez anos, com o uso cada vez mais frequente dos medicamentos ao invés da psicoterapia, segundo um estudo publicado hoje pela Jama (jama.ama-assn.org), revista da American Medical Association.
‘O número de pacientes em tratamento de depressão passou de 0,73% em 1987 para 2,33% em 1997 e a proporção de pessoas tratadas que recorreram aos antidepressivos passou de 37,3% para 74,5%’, afirmou Mark Olfson, da Universidade de Columbia, autor do estudo.
“A proporção de pessoas que consultaram um psicoterapeuta caiu de 71,1% para 60%”, analisou o especialista.
A análise tem duas fontes: os dados de 34.459 pessoas que fizeram parte de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos em 1987 e os de outras 32.636 que participaram de um estudo similar em 1997.
Olfson informou que o aumento dos antidepressivos coincide com o começo da prescrição da fluoxetina, em 1987.
“Os novos medicamentos tendem a ter menos efeitos colaterais, são menos difíceis de prescrever e apresentam menos riscos em caso de superdose do que a geração anterior de antidepressivos”, acrescentou.
O autor também notou que “a indústria farmacêutica promoveu novos antidepressivos através de vigorosas campanhas de publicidade” e que esses medicamentos tiveram mais investimentos em geral do que a psicoterapia.
Fonte: France Presse, em Washington
09/01/2002 – 19h37