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À luz da percepção

A psicóloga baiana Vera Felicidade de Almeida Campos, formada pela UFRJ em 1968, lança hoje, às 18 horas, na livraria Grandes Autores, o título: A Questão do Ser, do Si Mesmo e do Eu, pela Relume Dumará.
A psicóloga baiana Vera Felicidade de Almeida Campos, formada pela UFRJ em 1968, lança hoje, às 18 horas, na livraria Grandes Autores, o título: A Questão do Ser, do Si Mesmo e do Eu, pela Relume Dumará.
Não se trata de uma obra para não-iniciados, e uma melhor compreensão da teoria apresentada pela profissional requer, de antemão, uma base consolidada e analisada longe da sombra de qualquer preconceito.

O importante, de acordo com ela, não é entender o homem ou o mundo, mas a relação estabelecida entre estes. Esta relação é que é o contexto, o objeto de estudo da psicoterapia gestaltista. “Quando esta relação é vivenciada como possibilidade, o mundo é conseqüentemente ampliado, tanto quanto as perspectivas humanas; quando esta relação é vivenciada como necessidade, amesquinha-se o humano, e o mundo é transformado em sua prisão, controlada por desejos e medos”.

Para acompanhar a linha de pensamento da autora, o leitor interessado deve começar pela leitura dos seis títulos anteriores – Psicoterapia Gestaltista – Conceituações, Edição do Autor (RJ), 1973; Mudança e Psicoterapia Gestaltista, Zarah Editores (RJ), 1978; Individualidade, Questionamento e Psicoterapia Gestaltista, Editorial Alhambra (RJ), 1983; Relacionamento Trajetória do Humano, Edição do Autor (SSA), 1988; Terra e Outros São Iguais – Percepção em Psicoterapia Gestaltista, Jorge Zahar Editor (RJ), 1983; e Desespero e Maldade – Estudos Perceptivos Relação Figura Medo, Edição do Autor (SSA), 1999.

Embora tenha preferido não se aprofundar muito no tema, nesta breve resenha – pela complexidade da teoria para a maior parte dos leitores –, a autora faz uma rápida ilustração do que pretende deixar como base escrita. De acordo com ela, “o ponto de partida é o estudo do comportamento humano à luz da percepção”.

Exemplo: a pessoa vai andando por um caminho no mato e depara-se com o que pensa ser um pedaço de pau, mas, de repente, abaixa para pegá-lo, grita e pula ao perceber tratar-se de uma cobra. Esse comportamento é estabelecido pela percepção. A reação para pegar é substituída pelo medo. Não é pau, é cobra. “O medo e a raiva não são instintivos, são comportamentos decorrentes de contextos responsáveis por percepções desencadeadoras de flexões ou pulos, movimentos ou gritos”, expõe.

Vera Felicidade resolveu desenvolver uma teoria própria por não concordar com a explicação do comportamento humano, a partir do inconsciente. No prefácio de José Planells Puchades, doutor em Psicologia pela Universidade de Valência (Espanha) e professor de Filosofia no Liceo Espanhol de Roma, uma observação que merece ser levada em conta: “(…) a vertigem que produz sua leitura tem também a ver com a possibilidade que oferece o texto de ‘vislumbrar’ a totalidade comportamental humana, uma visão da natureza inquietante pelo que tem de desestabilizadora, porém na qual dificilmente deixará de reconhecer-se, como em um espelho, o atento leitor”.

SITE: http://www.verafelicidade.com.br TELEFONE: (71) 321-2248

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