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“Supersticioso” em esquemas concorrentes: o papel das instruções corretas e incorretas

O objetivo do trabalho foi investigar a interação entre descrição de uma
contingência e comportamento mantido por correlação acidental com reforço
(comportamento genericamente chamado de “supersticioso”). Para
tanto, seis participantes trabalharam sob um esquema concorrente VI/Extinção.
Duas teclas ficaram simultaneamente acessíveis para os participantes sendo
possível responder a uma delas a qualquer momento da sessão. Respostas a uma das
teclas nunca foram reforçadas (Extinção), enquanto respostas à outra foram
reforçadas de acordo com o esquema VI. O procedimento experimental iniciou-se
com uma instrução geral na qual foi explicado o objetivo da tarefa e foi
solicitado que o participante desse um palpite acerca do que deveria fazer
durante a sessão. O experimento foi dividido em duas fases: na primeira fase,
os participantes receberam uma instrução correta, foram instruídos a usar apenas
uma tecla para obtenção de pontos e de pedaços da figura. Na segun!
da fase, os participantes receberam uma instrução falaciosa, foram instruídos a
usar as duas teclas para receberem pontos e pedaços da figura. Após o final de
cada sessão os participantes responderam por escrito a um questionário com duas
perguntas que tinha como finalidade analisar a possível influência da formulação
e seguimento de regras ou auto regras no comportamento supersticioso. Os
resultados demonstraram um alto índice de aquisição e manutenção do
comportamento supersticioso apesar das variáveis instrução (correta e incorreta)
e palpite parecerem não influenciar tal comportamento.

Autores: Claudia Adelino, Jéssica de Sousa, Silvia Golin, Marcelo Benvenuti (O).

Instituição: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP

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